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Marcelo leva centrista Helena Nogueira Pinto para Belém
A militante do CDS, que ocupou vários cargos no anterior Governo, é um dos quatro novos nomeados para a Casa Civil do Presidente da República.
Helena Margarida Dias de Ayala Botto Nogueira Pinto vai juntar-se à equipa de Marcelo Rebelo de Sousa no Palácio de Belém, tendo sido apontada para o cargo de assessora da Casa Civil. A nomeação desta militante do CDS-PP, que acaba de completar 37 anos, foi publicada esta segunda-feira, 11 de Abril, em Diário da República.
Formada em Línguas e Literaturas Modernas pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, ocupou vários cargos no anterior Governo de coligação de direita. Começou por ser responsável pelas áreas do Cinema, Audiovisual e Educação no gabinete do então secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, integrando depois a equipa de Pedro Lomba, secretário de Estado adjunto do ministro Miguel Poiares Maduro, primeiro como chefe de gabinete e depois como técnica especialista.
A nova assessora de Belém é casada com o filho de Jaime e Maria José Nogueira Pinto – adoptou os últimos apelidos do marido Eduardo – e tem filiação no CDS-PP, tendo sido uma das subscritoras da moção estratégica "Fazer melhor: um CDS com ambição", apresentada no último congresso, em Gondomar. Com outros nomes sonantes, como João Almeida, Adolfo Mesquita Nunes e Cecília Meireles, defendeu que o partido deve "assumir a abertura e diversidade como características identitárias" e "não temer os temas ocupados pela esquerda", como a precariedade laboral ou a cultura.
Helena Nogueira Pinto vai cruzar-se no Palácio com o amigo Pedro Mexia – uma amizade referida numa entrevista conjunta dada ao Público em Fevereiro de 2014 –, que nos próximos cinco anos irá também aconselhar Marcelo na área cultural. Segundo o currículo disponibilizado quando foi apontada para o anterior Governo, os actuais colaboradores de Belém já tinham trabalhado juntos na Cinemateca Portuguesa: entre 2008 e 2011 foi assessora da direcção que integrava o escritor e crítico literário.
Promoção no serviço de Segurança
Além da licenciada em Literatura, que começou a carreira como assistente editorial na Relógio d’Água Editores, Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou outros três nomes à lista de membros da Casa Civil para o mandato que arrancou em Março. Entre eles o de Maria Teresa Sanches, que se mantém na Presidência da República como consultora, e o de Ricardo Branco, que ocupou o cargo de adjunto com Cavaco Silva e é agora apontado na categoria de consultor.
Já o subintendente da PSP, Marco José Fonseca da Silva Abreu, ascende a chefe do serviço de segurança da Presidência da República depois de ter sido adjunto nos últimos cinco anos. No voto de louvor emitido em Fevereiro, Cavaco Silva descreveu-o como um "oficial extremamente empenhado no cumprimento da sua missão, [que] revelou sólida competência técnica e elevado profissionalismo, em especial na área da segurança pessoal".
Um mês depois de tomar posse na Assembleia da República, a equipa de Marcelo Rebelo de Sousa está quase completa. Fernando Frutuoso de Melo, que era director-geral da Cooperação e Desenvolvimento da Comissão Europeia, é o Chefe da Casa Civil, o tenente-general João Luís Ramirez de Carvalho Cordeiro lidera a Casa Militar e para assessor diplomático chamou José Augusto Duarte, 53 anos, que se destacou como embaixador de Portugal em Maputo.
Na área económica, o destaque vai para Hélder Reis, escolhido para assessor dos assuntos financeiros e orçamentais. Com uma longa e sólida carreira técnica na Administração Pública, na anterior legislatura chegou a um cargo político pela mão de Maria Luís Albuquerque, que o nomeou seu número dois e responsável pela pasta do Orçamento. O antigo jornalista da SIC, Luís Ferreira Lopes, é o consultor de Belém para a área das empresas e da inovação.