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Marcelo volta a desmentir contacto com ex-director da PJM sobre Tancos
Não houve contactos bilaterais com elementos da Polícia Judiciária Militar nem "existe na Casa Civil ou na Casa Militar da Presidência da República qualquer documento relativo a operação de recuperação das armas de Tancos", garante Marcelo Rebelo de Sousa.
Marcelo Rebelo de Sousa voltou a negar ter recebido alguma vez o director da Polícia Judiciária Militar "ou qualquer elemento dessa instituição", através de uma nota no site da Presidência. "O director encontrava-se na visita a Tancos a 4 de Julho de 2017, visita essa durante a qual o Presidente percorreu, com as entidades presentes, circunstanciadamente, a área em causa e teve uma reunião com todos os responsáveis. Não teve qualquer reunião bilateral com nenhum deles", lê-se no comunicado.
"Nenhum membro da Casa Civil ou da Casa Militar falou ou escreveu ao Presidente da República sobre a operação da descoberta das armas de Tancos, antes de ela ter ocorrido. Nem tão pouco falou ou escreveu sobre a operação, depois de vinda a público, nomeadamente como sendo ou podendo vir a ser ilegal ou criminosa, incluindo quaisquer memorandos ou referências a reuniões com eles relacionados", relata. "Não existe na Casa Civil ou na Casa Militar da Presidência da República qualquer documento relativo a operação de recuperação das armas de Tancos, antes ou depois de ter ocorrido, incluindo quaisquer memorandos ou referências a reuniões com eles relacionados. Não existe registo de qualquer estafeta da Presidência da República a entregar ou receber documentação da ou na Polícia Judiciária Militar."
O Chefe de Estado reagia assim a uma reportagem do programa Sexta às Nove, da RTP, que garantia que o antigo director da PJ Militar, o coronel Luís Vieira, "fez vários contactos com o ex-chefe da Casa Militar da Presidência antes e depois da recuperação das armas". A notícia citou ainda o próprio general João Cordeiro que terá confirmado os contactos, mas negando "ter percebido qualquer encobrimento".
"Estranho que quem me queira atribuir o que quer que seja o tenha feito sem me ouvir previamente. É o mínimo para qualquer cidadão", disse ao referido jornal diário, acrescentando: "Nunca falei com o director da Polícia Judiciária Militar".