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Marcelo: "Temos de ter acordos explícitos ou implícitos de médio prazo"
Marcelo pediu aos partidos políticos e aos parceiros sociais para que olhem além da espuma dos dias e se entendam sobre o essencial.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, voltou a defender a necessidade de os agentes políticos em Portugal se articularem sobre uma estratégia de médio prazo para o país, considerando que essa articulação já está em vários domínios a ser realizada, ainda que "de forma tácita" e mesmo por quem se apresentava contra o sistema.
"Mantendo as divergências e a diversidade próprias das democracia, e que tem impedido o surgimento de populismos como noutros países europeus, é fundamental ter a noção do que é crucial e duradouro. Espero que isso prevaleça em 2017 e nos anos vindouros".
Falando na abertura da conferência anual do Negócios, que decorre nesta quarta-feira, 23 de Novembro, em Lisboa, Marcelo frisou que essa convergência é essencial para recuperar e manter a confiança, o que é fundamental, por seu turno, para o investimento.
A este propósito, o presidente mostrou-se optimista, afirmando existirem várias decisões de investimento pendentes, sendo que algumas poderão ser antecipadas para o próximo ano, designadamente na área da distribuição.
"Tudo o que fosse um centrão artificial seria pouco clarificador para o país", contudo "temos de saber ir além da espuma dos dias" e ter "uma espécie de regime não escrito" em domínios como a defesa, a política europeia e externa ou sobre "o essencial das finanças públicas", precisou.