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Marcelo rejeita que declarações sobre Costa e Montenegro sejam ofensivas

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recusou que as declarações que teceu sobre o antigo e atual primeiro-ministro sejam ofensivas. "Pelo contrário, foram muito explicativas para jornalistas estrangeiros", afirmou.

Lusa
24 de Abril de 2024 às 19:39
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recusou que as declarações que teceu sobre António Costa e Luís Montenegro, antigo e atual primeiro-ministro, sejam ofensivas, defendendo que se tratava apenas de uma explicação clara a jornalistas estrangeiros. 

"Referi como o primeiro-ministro tem muito a ver com o PSD profundo, que é um PSD de base rural urbana. O primeiro-ministro vem dessas raízes do PSD. É uma realidade diferente da estritamente metropolitana citadina que sempre definiu o Partido Socialista", justificou, em declarações aos jornalistas, esta tarde. 

Em causa estão as declarações feitas num jantar com jornalistas estrangeiros, em que comparou Costa e Montenegro. "António Costa era lento, oriental" e Luís Montenegro "não é oriental, mas é lento", referiu nesse jantar. 

Questionado esta tarde sobre se as suas palavras não poderão "beliscar" as relações com o atual líder do Governo, reiterou que "não". "Pelo contrário, foram muito explicativas para jornalistas estrangeiros, para se perceberem gestos e decisões que aparecem como inesperados, mas são imaginativos", acrescentou.

Nas palavras de Marcelo Rebelo de Sousa, o atual primeiro-ministro é, contudo, "um grande orador, que vai ganhar todos os debates parlamentares por causa disso". "Mas é um político retórico, à antiga, não é um político estilo primeiro-ministro António Costa e muito menos estilo partidos populistas", ressalvou, acrescentando que é "discursivo, envolvente e difícil de acompanhar". Com Montenegro "eu todos os dias tenho surpresas. Com o primeiro-ministro António Costa, era ao contrário, tentava informar", adiantou.

As palavras de Marcelo Rebelo de Sousa foram proferidas num encontro em que reconheceu responsabilidades de Portugal por crimes cometidos durante a era colonial, sugerindo o pagamento de reparações pelos erros do passado.
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