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Marcelo quer mais investimento: “É importante saber até onde vai o crescimento”

Em entrevista à Antena 1, o Presidente da República sublinha que é preciso um crescimento económico mais "vigoroso" porque assim se resolve a dívida, o défice e o desemprego. Marcelo Rebelo de Sousa diz que é preciso esperar para ver se a tendência se consolida.

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27 de Abril de 2017 às 09:07
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A interrogação política deste ano são as eleições autárquicas, mas mais importante do que isso, garante o Presidente da República, é a consolidação da tendência de crescimento. E o investimento, que tanto o Governo de Passos como o de Costa "sacrificaram" para alcançar as metas do défice, pode ajudar.

 

Em entrevista à Antena 1, Marcelo Rebelo de Sousa, que já nas cerimónias do 25 de Abril tinha sublinhado a mensagem, sustenta que a principal questão não é a dívida, mas antes o crescimento, porque é através do crescimento que se resolvem questões como a dívida, o défice ou a criação de emprego. "Portanto todas as questões em Portugal – de justiça social, de redução do endividamento público, de criação do emprego, passam pelo crescimento".

 

"E por isso é importante ver os números do crescimento daqui a um mês, dois meses, três meses, quatro meses, para ver se aquilo que intuitivamente nós sentimos corresponde à realidade ou não", afirma o Presidente da República.

 

"Nós sentimos intuitivamente que desde o terceiro trimestre há uma tendência de crescimento. Agora, é importante saber até onde vai essa tendência. Mantém-se? É sustentada? Tende a subir? Estabiliza? Vai além dos 2% e até onde é que vai? E essa é a grande interrogação deste ano de 2017".

 

Questionado sobre os dados que tem, Marcelo Rebelo de Sousa não admite ter informação "secreta" sobre esta matéria.

 

"É de esperar que esta tendência se consolide e se afirme de modo mais vigoroso? Quão vigoroso? O importante é ajudar ao crescimento. E por isso a importância do quê? Do investimento", conclui.

 

Considerando que "para se chegar ao défice que se chegou, o Governo optou, um pouco como o Governo anterior, por sacrificar investimentos públicos", o presidente da República nota que há agora "uma mudança progressiva de clima", que dissipou as dúvidas sobre a estabilidade da solução governativa.


Marcelo: Costa fez o mesmo que Passos no corte do investimento público
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Na primeira entrevista que concede à Antena1 como Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa afirma a inevitabilidade de o investimento público ter sido travado no ano passado, não só pela mudança de governo e pela desconfiança sobre a solução política, mas também "para se chegar ao défice a que se chegou”.

 

Ao "clima adicional favorável a esta confiança", contribuíram "o acordo de concertação social, a estabilidade das leis laborais, a estabilização no sistema fiscal".

 

O Presidente da República dá a entender que se há um ano se mostrava essencialmente preocupado com as questões da banca, essas dúvidas foram superadas. "Agora já não", diz.

 


Marcelo: Banca já não é o principal problema de Portugal
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O Presidente da República reconhece que antes de tomar posse não sabia como estava a Banca e que "vim depois a deparar-me com algumas questões que agora têm vindo a ser resolvidas paulatinamente". Se há um ano confessava que o maior problema de Portugal era a Banca e o sistema financeiro, "agora já não", disse em entrevista à Antena1.

Ao longo da entrevista, Marcelo Rebelo de Sousa afirma que "não há nada que impeça" que Pedro Passos Coelho ganhe o próximo congresso do PSD e lembra que a Constituição permite a redução dos actuais 230 para 180 deputados. "Na altura em que não era presidente achava uma boa ideia", diz.

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