Notícia
Marcelo: "É uma ilusão achar que se pode ser importante sem pagar um preço"
Presidente da República recuperou a ideia - que foi central no discurso que fez em 4 de maio, manifestando a sua oposição à manutenção de João Galamba como ministro das Infraestruturas - durante um discurso no Palácio de Belém.
18 de Maio de 2023 às 13:53
Marcelo Rebelo de Sousa reiterou esta quinta-feira a mensagem de que o poder implica responsabilidade e afirmou que "é uma ilusão achar que se pode ser importante sem pagar um preço".
O Presidente da República falava no Palácio de Belém, em Lisboa, num discurso em que fez comparações entre o desporto, a economia e a política, durante uma receção à seleção portuguesa de andebol em cadeira de rodas campeã europeia e mundial.
"É uma ilusão achar que se pode ser importante sem pagar um preço, que se pode ter poder sem ter responsabilidade, isso não existe. Também no vosso caso é assim. Sabem que o vosso preço, a vossa responsabilidade é o que se deixam de fazer, não fazem da mesma maneira para poderem chegar onde chegaram", declarou Marcelo Rebelo de Sousa.
A ideia de que o poder implica responsabilidade foi central no discurso que o Presidente da República fez em 4 de maio, manifestando a sua oposição à manutenção de João Galamba como ministro das Infraestruturas.
Esta quinta-feira, Galamba vai ao Parlamento esclarecer as contradições da história que envolve agressões, um roubo e pedidos de demissão. A comissão parlamentar de inquérito (CPI) ouviu ontem o ex-adjunto Frederico Pinheiro.
Perante os atletas e dirigentes da seleção de andebol em cadeira de rodas Federação Portuguesa de Andebol, o Presidente da República considerou que "o mais difícil é formar-se equipa, é criar-se espírito de corpo, é atuar como equipa" e falou dos "altos e baixos" que há, tanto no desporto como na economia e na política, em que "os ciclos não são iguais".
"Isso passa-se em tudo no país. Na economia, temos números ótimos em termos de certas matérias fundamentais para a vida dos portugueses, e depois temos problemas que não são tão ótimos no dia-a-dia dos portugueses, porque as coisas não são simultâneas", disse, retomando uma análise que tem feito nos últimos dias sobre a situação económica nacional.
O Presidente da República acrescentou que "é preciso que um ciclo suba para que o outro suba, e, às vezes, quando o outro está a subir, começa o primeiro a descer". "Os números bons, grandes, subiram, chegam às pessoas, durante um tempo estão com as pessoas, coincidem os ciclos. Depois, de repente, as pessoas ainda estão a sentir um ciclo positivo, no entanto qualquer coisa lá fora ou cá dentro faz com que o ciclo geral não seja tão bom", exemplificou.
Marcelo Rebelo de Sousa referiu ainda que quem está no desporto, assim como na economia, na política e na sociedade em geral, está constantemente sujeito a comparações e confrontos com outros, com jogos a eliminar, de "mata-mata", vitórias e derrotas.
"No desporto as comparações são diárias. Se quiserem, no desporto há eleições, não direi todos os dias ou todas as semanas, mas com uma periodicidade superior às eleições políticas, e portanto todos os jogos são mata-mata, quase todos, mesmo os que não eram, passam a ser - na expressão do Scolari - mata-mata. Ganham é uma coisa, perdem é outra coisa. Acumula vitórias é uma coisa, falta uma deixa de ser isso", disse.
O Presidente da República falava no Palácio de Belém, em Lisboa, num discurso em que fez comparações entre o desporto, a economia e a política, durante uma receção à seleção portuguesa de andebol em cadeira de rodas campeã europeia e mundial.
A ideia de que o poder implica responsabilidade foi central no discurso que o Presidente da República fez em 4 de maio, manifestando a sua oposição à manutenção de João Galamba como ministro das Infraestruturas.
Esta quinta-feira, Galamba vai ao Parlamento esclarecer as contradições da história que envolve agressões, um roubo e pedidos de demissão. A comissão parlamentar de inquérito (CPI) ouviu ontem o ex-adjunto Frederico Pinheiro.
Perante os atletas e dirigentes da seleção de andebol em cadeira de rodas Federação Portuguesa de Andebol, o Presidente da República considerou que "o mais difícil é formar-se equipa, é criar-se espírito de corpo, é atuar como equipa" e falou dos "altos e baixos" que há, tanto no desporto como na economia e na política, em que "os ciclos não são iguais".
"Isso passa-se em tudo no país. Na economia, temos números ótimos em termos de certas matérias fundamentais para a vida dos portugueses, e depois temos problemas que não são tão ótimos no dia-a-dia dos portugueses, porque as coisas não são simultâneas", disse, retomando uma análise que tem feito nos últimos dias sobre a situação económica nacional.
O Presidente da República acrescentou que "é preciso que um ciclo suba para que o outro suba, e, às vezes, quando o outro está a subir, começa o primeiro a descer". "Os números bons, grandes, subiram, chegam às pessoas, durante um tempo estão com as pessoas, coincidem os ciclos. Depois, de repente, as pessoas ainda estão a sentir um ciclo positivo, no entanto qualquer coisa lá fora ou cá dentro faz com que o ciclo geral não seja tão bom", exemplificou.
Marcelo Rebelo de Sousa referiu ainda que quem está no desporto, assim como na economia, na política e na sociedade em geral, está constantemente sujeito a comparações e confrontos com outros, com jogos a eliminar, de "mata-mata", vitórias e derrotas.
"No desporto as comparações são diárias. Se quiserem, no desporto há eleições, não direi todos os dias ou todas as semanas, mas com uma periodicidade superior às eleições políticas, e portanto todos os jogos são mata-mata, quase todos, mesmo os que não eram, passam a ser - na expressão do Scolari - mata-mata. Ganham é uma coisa, perdem é outra coisa. Acumula vitórias é uma coisa, falta uma deixa de ser isso", disse.