Notícia
Marcelo conseguiu "revitalizar a função presidencial", diz Sampaio da Nóvoa
O ex-candidato presidencial António Sampaio da Nóvoa considera que o actual inquilino de Belém, Marcelo Rebelo de Sousa, conseguiu "revitalizar a função presidencial", num "ambiente de distensão e boa cooperação institucional" com o Governo.
"Devemos estar agradecidos ao actual Presidente da República que, em pouco tempo, conseguiu revitalizar a função presidencial, devolvendo-lhe a sua importância, sobretudo na relação com os cidadãos", disse esta segunda-feira Sampaio da Nóvoa, em Lisboa, onde fez o balanço de um ano após as eleições presidenciais de 24 de Janeiro.
Depois, o antigo candidato a Belém definiu como "muito positivo" haver um Presidente "presente, próximo" das pessoas, embora este não possa "nunca" confundir "a sua intervenção com funções governativas". "O Presidente deve reservar para si a última palavra, sem se imiscuir em todos os casos e situações do dia-a-dia", considerou.
Instado pelos jornalistas a desenvolver este comentário, Nóvoa não entrou em grande detalhe nem falou directamente de Marcelo Rebelo de Sousa, mas sustentou que a "reserva da palavra" é o que garante ao Presidente a "legitimidade para na altura certa encontrar alternativas e soluções".
De todo o modo, prosseguiu, o actual chefe de Estado tem sido importante na "estabilidade política" do país, e a independência de Marcelo deve fazer-se sentir, advertiu, num "tratamento igual para todas as partes do espetro político português", do Governo à oposição.
"Passou um ano sobre as presidenciais. Mas agora há novas eleições. Podemos, e devemos, renovar o nosso compromisso com a democracia, mobilizando-nos nas próximas eleições autárquicas. É no poder local, no governo das cidades, na proximidade de decisão, que se joga grande parte do nosso futuro", disse.
Na sua intervenção, o outrora candidato pediu ainda que sejam revistas as leis eleitorais que, vincou, "dificultam as candidaturas independentes para a Presidência da República e para as autarquias", quando Portugal precisa "justamente do contrário, de aproximar as pessoas da política, chamar mais pessoas à política".
Sampaio da Nóvoa concorreu em 2016 a Presidente da República, numa candidatura independente que teve em Pedro Delgado Alves, membro da Comissão Nacional e deputado do PS, o director de campanha.
Correia de Campos, actual presidente do Conselho Económico e Social (CES), foi o mandatário nacional da candidatura do antigo reitor da Universidade de Lisboa.
Nóvoa obteve 22,88% dos votos no sufrágio de janeiro de 2016, não tendo conseguido impedir a eleição à primeira volta do actual chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa.
Hoje, o antigo candidato apresentou também uma série de entidades que vão receber dinheiro que sobrou da angariação de fundos para a campanha eleitoral, numa fase em que estão já cumpridas todas as obrigações legais e prestação de contas junto do Tribunal Constitucional.
Hoje, o antigo candidato apresentou também uma série de entidades que vão receber dinheiro que sobrou da angariação de fundos para a campanha eleitoral, numa fase em que estão já cumpridas todas as obrigações legais e prestação de contas junto do Tribunal Constitucional.
No total, serão distribuídos cerca de 61 mil euros por 17 instituições ou associações sociais e educativas.