Notícia
Líder parlamentar Inês Sousa Real é candidata à liderança do PAN
Desde 2019 que é deputada do PAN na Assembleia da República, tendo sido eleita presidente do grupo parlamentar.
20 de Março de 2021 às 16:09
A líder parlamentar do PAN, Inês Sousa Real, vai candidatar-se à liderança do partido, no congresso de junho, e vai apresentar uma lista da qual também fará parte a deputada Bebiana Cunha (ambas na foto), adiantou a própria à Lusa.
"Acabei por aceitar o desafio que muitos filiados e muitos apoiantes também externos do partido me colocaram de me candidatar à liderança, neste caso, a porta-voz do partido", disse Inês Sousa Real à agência Lusa.
A candidata à liderança considerou que esta é uma "oportunidade também de viragem para uma liderança no feminino" para um partido "que é feminista, é um partido que é formado na sua maioria por mulheres, mas que nunca teve até hoje uma porta-voz mulher".
No último fim de semana, o atual porta-voz do PAN, André Silva, anunciou que vai abandonar as suas funções executivas no partido e o lugar de deputado no parlamento, invocando motivos pessoais e a defesa do princípio da limitação de mandatos.
A líder parlamentar revelou que a deputada Bebiana Cunha, eleita pelo círculo do Porto, também integrará a lista candidata à Comissão Política Nacional, considerando que "não haverá aqui um duelo norte-sul".
"Esta foi uma decisão que foi refletida em conjunto pelas duas, não foi uma decisão tomada sozinha, e conto com o apoio da Bebiana para me candidatar a porta-voz", disse.
De acordo com Inês Sousa Real, a lista à direção vai procurar ter equilíbrio de género e vai contar com "representantes que estão nas várias distritais de norte a sul do país", além de membros da atual direção.
Esta lista, que está a ser ultimada, "vai conseguir trazer aquela que é a visão das diferentes esferas de atuação do PAN, não só a nível nacional mas também das regiões autónomas" para que "possa haver uma grande representatividade" dos filiados, salientou a candidata à liderança.
Inês Sousa Real destacou que, embora não seja membro fundador do PAN, está no partido "desde o momento em que ele foi fundado", sendo "a filiada número 45" e, ao "ao longo dos 10 anos", tem acompanhado "aquilo que tem sido o crescimento do PAN, as dores de crescimento do PAN, as suas vitórias e suas derrotas também".
Sobre as críticas de membros fundadores à atuação da atual direção, liderada por André Silva e da qual Inês Sousa Real faz parte, a deputada disse que respeita opiniões divergentes e "a génese fundadora" do partido e que se disponibilizou a reunir-se com eles.
Na sua ótica, um partido "não é algo estanque, é algo que é dinâmico", feito de contributos "que não se esgotam nem nos membros fundadores nem nos porta-vozes".
A líder parlamentar recusou que o partido esteja em crise e defendeu que "a participação e as diferenças de opinião" não têm de "significar adversidade", mostrando-se convicta de que "este período de renovação deixa para trás esse ciclo" de críticas.
Com a moção global de estratégia que vai apresentar ao congresso, Sousa Real quer que o partido "vá ao encontro dos grandes desafios de século XXI" e mostrar que o PAN "é um força disruptiva" e "um partido que procura criar pontes e construir diálogos para fazer avançar as suas causas, que não se pauta pela política da terra queimada".
Uma das propostas que vai apresentar, adiantou, será a limitação de qualquer porta-voz a três mandatos (seis anos), através de uma alteração aos estatutos do partido.
Inês Sousa Real indicou ainda que se for eleita líder do PAN irá pôr à disposição o lugar de líder parlamentar, e, ainda que ressalvando que a decisão terá de ser tomada entre os três deputados do grupo parlamentar, considerou que Bebiana Cunha é a "solução natural" para o lugar, pois "está há mais tempo na Assembleia da República".
Nelson Silva, que substituiu André Silva no parlamento durante a licença de parentalidade no final do ano passado, vai ocupar o lugar de deputado a partir de junho.
O VIII Congresso do PAN está marcado para 05 e 06 de junho em Tomar. Dia 30 de abril é a data limite para envio de listas candidatas à Comissão Política Nacional e as moções globais de estratégia.
Inês Sousa Real é jurista, natural de Lisboa, e foi entre 2014 e 2017 Provedora Municipal dos Animais de Lisboa. Nesse ano, foi candidata à presidência da Câmara Municipal de Lisboa, tendo sido eleita para a Assembleia Municipal.
Desde 2019, é deputada do PAN na Assembleia da República, tendo sido eleita presidente do grupo parlamentar.
"Acabei por aceitar o desafio que muitos filiados e muitos apoiantes também externos do partido me colocaram de me candidatar à liderança, neste caso, a porta-voz do partido", disse Inês Sousa Real à agência Lusa.
No último fim de semana, o atual porta-voz do PAN, André Silva, anunciou que vai abandonar as suas funções executivas no partido e o lugar de deputado no parlamento, invocando motivos pessoais e a defesa do princípio da limitação de mandatos.
A líder parlamentar revelou que a deputada Bebiana Cunha, eleita pelo círculo do Porto, também integrará a lista candidata à Comissão Política Nacional, considerando que "não haverá aqui um duelo norte-sul".
"Esta foi uma decisão que foi refletida em conjunto pelas duas, não foi uma decisão tomada sozinha, e conto com o apoio da Bebiana para me candidatar a porta-voz", disse.
De acordo com Inês Sousa Real, a lista à direção vai procurar ter equilíbrio de género e vai contar com "representantes que estão nas várias distritais de norte a sul do país", além de membros da atual direção.
Esta lista, que está a ser ultimada, "vai conseguir trazer aquela que é a visão das diferentes esferas de atuação do PAN, não só a nível nacional mas também das regiões autónomas" para que "possa haver uma grande representatividade" dos filiados, salientou a candidata à liderança.
Inês Sousa Real destacou que, embora não seja membro fundador do PAN, está no partido "desde o momento em que ele foi fundado", sendo "a filiada número 45" e, ao "ao longo dos 10 anos", tem acompanhado "aquilo que tem sido o crescimento do PAN, as dores de crescimento do PAN, as suas vitórias e suas derrotas também".
Sobre as críticas de membros fundadores à atuação da atual direção, liderada por André Silva e da qual Inês Sousa Real faz parte, a deputada disse que respeita opiniões divergentes e "a génese fundadora" do partido e que se disponibilizou a reunir-se com eles.
Na sua ótica, um partido "não é algo estanque, é algo que é dinâmico", feito de contributos "que não se esgotam nem nos membros fundadores nem nos porta-vozes".
A líder parlamentar recusou que o partido esteja em crise e defendeu que "a participação e as diferenças de opinião" não têm de "significar adversidade", mostrando-se convicta de que "este período de renovação deixa para trás esse ciclo" de críticas.
Com a moção global de estratégia que vai apresentar ao congresso, Sousa Real quer que o partido "vá ao encontro dos grandes desafios de século XXI" e mostrar que o PAN "é um força disruptiva" e "um partido que procura criar pontes e construir diálogos para fazer avançar as suas causas, que não se pauta pela política da terra queimada".
Uma das propostas que vai apresentar, adiantou, será a limitação de qualquer porta-voz a três mandatos (seis anos), através de uma alteração aos estatutos do partido.
Inês Sousa Real indicou ainda que se for eleita líder do PAN irá pôr à disposição o lugar de líder parlamentar, e, ainda que ressalvando que a decisão terá de ser tomada entre os três deputados do grupo parlamentar, considerou que Bebiana Cunha é a "solução natural" para o lugar, pois "está há mais tempo na Assembleia da República".
Nelson Silva, que substituiu André Silva no parlamento durante a licença de parentalidade no final do ano passado, vai ocupar o lugar de deputado a partir de junho.
O VIII Congresso do PAN está marcado para 05 e 06 de junho em Tomar. Dia 30 de abril é a data limite para envio de listas candidatas à Comissão Política Nacional e as moções globais de estratégia.
Inês Sousa Real é jurista, natural de Lisboa, e foi entre 2014 e 2017 Provedora Municipal dos Animais de Lisboa. Nesse ano, foi candidata à presidência da Câmara Municipal de Lisboa, tendo sido eleita para a Assembleia Municipal.
Desde 2019, é deputada do PAN na Assembleia da República, tendo sido eleita presidente do grupo parlamentar.