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Jerónimo de Sousa: Moção de censura do CDS-PP nada tem a ver com os incêndios

Jerónimo de Sousa ressalvou que o PCP está ainda "em fase de avaliação" e não quis declarar já o seu sentido de voto.

Bruno Simão
18 de Outubro de 2017 às 23:02
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O secretário-geral do PCP acusou hoje o CDS-PP de apresentar uma moção de censura ao Governo por motivos que nada têm a ver com os incêndios e afirmou que o seu partido votará com base nesta análise.

 

Jerónimo de Sousa, que falava aos jornalistas no final de uma audiência no Palácio de Belém, em Lisboa, ressalvou, porém, que o partido está ainda "em fase de avaliação" e não quis declarar já o seu sentido de voto.

 

"Mas, de qualquer forma, quero reafirmar que o nosso ponto de partida será o objectivo que o CDS tem com esta moção que, como digo, não tem nada a ver com a preocupação dos incêndios", acrescentou.

 

Segundo o secretário-geral do PCP, "o CDS não está interessado na resolução dos problemas da floresta, dos incêndios, está a fazer um exercício - com o direito constitucional que lhe é reconhecido, obviamente - político e partidário que não tem nada a ver com aquilo que é fundamento para a apresentação, que é a questão dos incêndios em Portugal".

 

Questionado se a reacção do PCP à moção de censura do CDS-PP significa que o partido não subscreve a ideia defendida pelo Presidente da República de que se impõe uma clarificação do apoio ao Governo no parlamento, Jerónimo de Sousa não respondeu directamente.

 

"Isso é uma avaliação do senhor Presidente da República, que não esteve aqui em apreciação, obviamente", disse, reiterando em seguida o entendimento de que a moção do CDS-PP nada tem a ver com os incêndios.

 

De acordo com Jerónimo de Sousa, a solidez da "posição conjunta" do PCP com o PS "não esteve em apreciação" nesta reunião com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

 

Interrogado sobre a escolha de Eduardo Cabrita, até agora ministro Adjunto do primeiro-ministro, para substituir Constança Urbano de Sousa na Administração Interna, o secretário-geral do PCP escusou-se a comentar nomes.

 

"Os senhores jornalistas conhecem o nosso critério geral. Sempre consideramos que o problema, a avaliação não está na pessoa, mas sim nas políticas que executa, nas políticas que concretiza. Portanto, esta é a opinião do PCP em relação à solução encontrada, que é da responsabilidade do primeiro-ministro", respondeu.

 

"Interessa-nos, de facto, as políticas que se concretizam, mais do que as pessoas", reforçou.

 

Na sequência dos incêndios que deflagraram no domingo, e mataram, pelo menos, 42 duas pessoas, o PCP pediu para ser recebido pelo Presidente da República, e também pelo primeiro-ministro e pela procuradora-geral da República.

 

Jerónimo de Sousa esteve reunido com Marcelo Rebelo de Sousa durante mais de uma hora, acompanhado pelos dirigentes nacionais do PCP Jorge Cordeiro, João Frazão e João Oliveira, líder da bancada parlamentar comunista.

 

 

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