Notícia
Imigração dominou discussão nas redes sociais durante as eleições europeias
Questão migratória dominou 30,9% das conversas nas redes sociais relacionadas com as eleições europeias, que deram vitória reduzida ao PS. Guerra na Ucrânia e a Defesa marcaram também discussão. Eventual candidatura de Costa ao Conselho Europeu foi o tema que mais disparou na noite eleitoral.
A imigração foi o tema que dominou a discussão durante as eleições europeias nas redes sociais, segundo um estudo divulgado esta quarta-feira pela ALL Comunicação. Mas foi a eventual candidatura de António Costa a presidente do Conselho Europeu o tema que mais disparou na noite eleitoral, depois de o primeiro-ministro ter anunciado o seu apoio ao seu antecessor na corrida ao cargo.
O estudo feito em parceria com a Buzzmonitor, entre as 0h00 do dia 9 de maio e as 03h00 do dia 10 de junho, foi feito através da monitorização direta das redes sociais dos partidos ou coligações e candidatos a estas eleições. Foi ainda definido um conjunto de 13 temas a analisar, dada a sua relevância "no atual contexto político nacional e europeu", como imigração, alargamento da UE, alterações climáticas, financiamento da UE, etc.
Com base nessa análise, a imigração apareceu destacada entre os temas analisados, dominando 30,9% das conversas nas redes sociais relacionadas com as eleições europeias, que deram vitória reduzida ao PS face à Aliança Democrática, com o PS a eleger oito eurodeputados e a AD sete. O Chega e o Iniciativa Liberal elegeram dois eurodeputados cada e o PCP e Bloco de Esquerda elegeram um cada.
"Esta predominância deve-se, em primeiro lugar, ao facto de os próprios partidos terem discutido este tópico – muito à boleia do Pacto de Migrações e Asilo – em todos os debates televisivos (que ocorreram entre os dias 13 e 28 de maio)", explica a ALL Comunicação, notando que esse foi também um dos temas que gerou mais polémica durante a campanha, nomeadamente por parte do cabeça de lista do Chega, António Tânger Correia.
Em "grande parte das vezes" em que o tema foi mencionado, o partido Chega era citado, seja porque tinha sido "o promotor de uma determinada discussão (como quando publicou um vídeo do presidente do partido, André Ventura, a explicar o episódio em que foi confrontado por um imigrante em plena campanha)", e outras vezes por "uma associação espontânea dos utilizadores das diferentes redes sociais".
A guerra na Ucrânia e a política de Defesa, quando consideradas em conjunto, foram o segundo tema que motivou mais conversas online nas três redes sociais analisadas (X, Facebook e Instagram). Já as relações da UE com a NATO e com os Estados Unidos completam o pódio, representando 15,5% das conversas.
No top 5 de temas mais prevalentes nas redes sociais estiveram também a Agricultura (12,7%), "muito devido aos protestos dos agricultores um pouco por toda a Europa", e o financiamento da UE (3%), sendo o tema que foi "mais promovido por notícias do que por discursos políticos".
Porém, foi a eventual candidatura de António Costa ao Conselho Europeu o tema, que esteve "adormecido" até ao dia das eleições, mas que mais disparou na noite eleitoral, apesar de ter sido um tema relativamente ausente da campanha do PS e de Marta Temido.
"O anúncio de Luís Montenegro no discurso que fez na noite eleitoral, anunciado que apoiaria o seu antecessor numa candidatura ao Conselho Europeu, e a reação imediata de António Costa, que estava a comentar na CMTV, tornaram o tema num dos mais relevantes da noite eleitoral", explica a ALL Comunicação.
Outra das conclusões do estudo é que as discussões das redes sociais "continuam a ser um espaço de debate político bastante influenciado pelos temas que geram mais notícias". Contudo, há uma "aposta crescente dos partidos na desintermediação está a ganhar espaço face às publicações de órgãos de comunicação social".
O estudo feito em parceria com a Buzzmonitor, entre as 0h00 do dia 9 de maio e as 03h00 do dia 10 de junho, foi feito através da monitorização direta das redes sociais dos partidos ou coligações e candidatos a estas eleições. Foi ainda definido um conjunto de 13 temas a analisar, dada a sua relevância "no atual contexto político nacional e europeu", como imigração, alargamento da UE, alterações climáticas, financiamento da UE, etc.
"Esta predominância deve-se, em primeiro lugar, ao facto de os próprios partidos terem discutido este tópico – muito à boleia do Pacto de Migrações e Asilo – em todos os debates televisivos (que ocorreram entre os dias 13 e 28 de maio)", explica a ALL Comunicação, notando que esse foi também um dos temas que gerou mais polémica durante a campanha, nomeadamente por parte do cabeça de lista do Chega, António Tânger Correia.
Em "grande parte das vezes" em que o tema foi mencionado, o partido Chega era citado, seja porque tinha sido "o promotor de uma determinada discussão (como quando publicou um vídeo do presidente do partido, André Ventura, a explicar o episódio em que foi confrontado por um imigrante em plena campanha)", e outras vezes por "uma associação espontânea dos utilizadores das diferentes redes sociais".
A guerra na Ucrânia e a política de Defesa, quando consideradas em conjunto, foram o segundo tema que motivou mais conversas online nas três redes sociais analisadas (X, Facebook e Instagram). Já as relações da UE com a NATO e com os Estados Unidos completam o pódio, representando 15,5% das conversas.
No top 5 de temas mais prevalentes nas redes sociais estiveram também a Agricultura (12,7%), "muito devido aos protestos dos agricultores um pouco por toda a Europa", e o financiamento da UE (3%), sendo o tema que foi "mais promovido por notícias do que por discursos políticos".
Porém, foi a eventual candidatura de António Costa ao Conselho Europeu o tema, que esteve "adormecido" até ao dia das eleições, mas que mais disparou na noite eleitoral, apesar de ter sido um tema relativamente ausente da campanha do PS e de Marta Temido.
"O anúncio de Luís Montenegro no discurso que fez na noite eleitoral, anunciado que apoiaria o seu antecessor numa candidatura ao Conselho Europeu, e a reação imediata de António Costa, que estava a comentar na CMTV, tornaram o tema num dos mais relevantes da noite eleitoral", explica a ALL Comunicação.
Outra das conclusões do estudo é que as discussões das redes sociais "continuam a ser um espaço de debate político bastante influenciado pelos temas que geram mais notícias". Contudo, há uma "aposta crescente dos partidos na desintermediação está a ganhar espaço face às publicações de órgãos de comunicação social".