Notícia
Habitação: Montenegro acusa Costa de revelar "faceta de sobrevivente e de comunista"
O líder do PSD disse esperar que haja uma inversão por parte do Governo, pois se tal não acontecer, teme que os efeitos das medidas "sejam negativos".
17 de Fevereiro de 2023 às 20:35
O presidente do PSD afirmou esta sexta-feira sentir "uma grande frustração" com as medidas do Governo para responder à crise da habitação, que considerou revelarem "um primeiro-ministro na sua faceta de sobrevivente e de comunista".
Falando hoje aos jornalistas sobre o assunto em Pinhel, no distrito da Guarda, Luís Montenegro admitiu ter pouca expectativa relativamente às medidas porque o pacote "foi apresentado depois de sete anos de completa inação do Governo e do doutor António Costa no campo da habitação, apesar de muitos papéis, de muitos projetos de intenções".
O líder social-democrata falava em Pinhel, onde participou na inauguração da 28.ª Feira das Tradições e Atividades Económicas, promovida pela câmara municipal para atrair visitantes e promover os produtos locais no fim de semana do Carnaval.
Em primeiro lugar, Montenegro disse temer que o programa do "seja mais um projeto que não saia muito do papel e que não resolva nenhum problema daqueles que afeta os portugueses na matéria da habitação", alegando que "revela um António Costa e um primeiro-ministro na sua faceta de sobrevivente e de comunista".
"Sobrevivente, porque sempre que tem algum problema, tenta inventar, assim de um momento para o outro, soluções pouco ponderadas, pouco adormecidas e pouco realistas. Comunista, porque esta é a versão António Costa próxima daquilo que, infelizmente, foi a marca em algumas políticas públicas nos últimos anos", argumentou.
O presidente do PSD concretizou depois a crítica às políticas do atual executivo: "Demasiado Estado, tudo centralizado no Estado e não em regime de complementaridade com a sociedade, com a iniciativa privada, com as cooperativas, no caso da habitação. É uma visão estatizante que fica muito aquém daqueles que foram os princípios e as ideias que o PSD apresentou dois dias antes do Governo".
Montenegro disse que o PSD, mais uma vez, não só se antecipou ao Governo como "tem um projeto muito mais ambicioso e muito mais estratégico de revolução no mercado habitacional português".
"Aquilo que o Governo faz são medidas pouco ambiciosas, descoordenadas e desconexas, muitas das vezes", e com efeitos que "são muito perniciosos", acrescentou.
Como exemplo referiu que acabar com os 'Vistos Gold' em todo o território nacional "é frustrar muita da capacidade de investimento" em zonas de baixa densidade e nas Regiões Autónomas.
O líder do PSD disse esperar que haja uma inversão por parte do Governo, pois se tal não acontecer, teme que os efeitos das medidas "sejam negativos".
Para Luís Montenegro, o Governo "deve olhar" para o projeto do PSD, uma vez que aquele que apresentou "é uma proposta de um primeiro-ministro que quer sobreviver" e que "só pensa no dia seguinte".
Por outro lado, em relação ao arrendamento coercivo, considerou que o Estado "muitas vezes não sabe o que fazer" aos imóveis que tem devolutos.
"O senhor primeiro-ministro devia dizer ao país o que é que vai fazer aos milhares de imóveis devolutos que podia aproveitar em coordenação com as câmaras municipais, por exemplo, e mesmo com investidores privados. Não o faz. Quer obrigar os investidores privados a terem uma finalidade dos seus investimentos, intrometendo-se no funcionamento do mercado livre e, no meu ponto de vista, indo longe de mais", assumiu.
Na quinta-feira, o primeiro-ministro apresentou um pacote de medidas, estimado em 900 milhões de euros, para responder à crise da habitação em Portugal com cinco eixos: aumentar a oferta de imóveis utilizados para fins de habitação, simplificar os processos de licenciamento, aumentar o número de casas no mercado de arrendamento, combater a especulação e proteger as famílias.
O programa Mais Habitação foi aprovado em Conselho de Ministros e ficará em discussão pública durante um mês. As propostas voltarão a Conselho de Ministros para aprovação final, em 16 de março, e depois algumas medidas ainda terão de passar pela Assembleia da República.
Falando hoje aos jornalistas sobre o assunto em Pinhel, no distrito da Guarda, Luís Montenegro admitiu ter pouca expectativa relativamente às medidas porque o pacote "foi apresentado depois de sete anos de completa inação do Governo e do doutor António Costa no campo da habitação, apesar de muitos papéis, de muitos projetos de intenções".
Em primeiro lugar, Montenegro disse temer que o programa do "seja mais um projeto que não saia muito do papel e que não resolva nenhum problema daqueles que afeta os portugueses na matéria da habitação", alegando que "revela um António Costa e um primeiro-ministro na sua faceta de sobrevivente e de comunista".
"Sobrevivente, porque sempre que tem algum problema, tenta inventar, assim de um momento para o outro, soluções pouco ponderadas, pouco adormecidas e pouco realistas. Comunista, porque esta é a versão António Costa próxima daquilo que, infelizmente, foi a marca em algumas políticas públicas nos últimos anos", argumentou.
O presidente do PSD concretizou depois a crítica às políticas do atual executivo: "Demasiado Estado, tudo centralizado no Estado e não em regime de complementaridade com a sociedade, com a iniciativa privada, com as cooperativas, no caso da habitação. É uma visão estatizante que fica muito aquém daqueles que foram os princípios e as ideias que o PSD apresentou dois dias antes do Governo".
Montenegro disse que o PSD, mais uma vez, não só se antecipou ao Governo como "tem um projeto muito mais ambicioso e muito mais estratégico de revolução no mercado habitacional português".
"Aquilo que o Governo faz são medidas pouco ambiciosas, descoordenadas e desconexas, muitas das vezes", e com efeitos que "são muito perniciosos", acrescentou.
Como exemplo referiu que acabar com os 'Vistos Gold' em todo o território nacional "é frustrar muita da capacidade de investimento" em zonas de baixa densidade e nas Regiões Autónomas.
O líder do PSD disse esperar que haja uma inversão por parte do Governo, pois se tal não acontecer, teme que os efeitos das medidas "sejam negativos".
Para Luís Montenegro, o Governo "deve olhar" para o projeto do PSD, uma vez que aquele que apresentou "é uma proposta de um primeiro-ministro que quer sobreviver" e que "só pensa no dia seguinte".
Por outro lado, em relação ao arrendamento coercivo, considerou que o Estado "muitas vezes não sabe o que fazer" aos imóveis que tem devolutos.
"O senhor primeiro-ministro devia dizer ao país o que é que vai fazer aos milhares de imóveis devolutos que podia aproveitar em coordenação com as câmaras municipais, por exemplo, e mesmo com investidores privados. Não o faz. Quer obrigar os investidores privados a terem uma finalidade dos seus investimentos, intrometendo-se no funcionamento do mercado livre e, no meu ponto de vista, indo longe de mais", assumiu.
Na quinta-feira, o primeiro-ministro apresentou um pacote de medidas, estimado em 900 milhões de euros, para responder à crise da habitação em Portugal com cinco eixos: aumentar a oferta de imóveis utilizados para fins de habitação, simplificar os processos de licenciamento, aumentar o número de casas no mercado de arrendamento, combater a especulação e proteger as famílias.
O programa Mais Habitação foi aprovado em Conselho de Ministros e ficará em discussão pública durante um mês. As propostas voltarão a Conselho de Ministros para aprovação final, em 16 de março, e depois algumas medidas ainda terão de passar pela Assembleia da República.