O Governo confirmou esta sexta-feira, 22 de Janeiro, que vai apresentar a candidatura de António Guterres a secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Num comunicado enviado às redacções, o Ministério dos Negócios Estrangeiros refere que Guterres é a "personalidade com melhores condições para exercer esse mandato" e para responder aos desafios da comunidade internacional.

"A sua longa experiência política e a forma exemplar como exerceu altos cargos internacionais demonstram cabalmente os méritos desta candidatura, que o Governo entende constituir um imperativo, num tempo em que, mais do que em qualquer outro, o mundo se tem de mobilizar em torno da paz e do desenvolvimento", lê-se no documento enviado às redacções. 

A notícia do apoio do Governo à candidatura do socialista foi avançada pelo Público, que citava o próprio primeiro-ministro. Costa garantiu o apoio a Guterres - que até Dezembro foi alto comissário para os Refugiados na ONU - e a candidatura será apresentada em Fevereiro.

O primeiro-ministro já informou Cavaco Silva e os líderes partidários do apoio ao nome do ex-líder socialista e, segundo o mesmo jornal, o Executivo já está a realizar os contactos internacionais e diplomáticos para assegurar hipóteses de sucesso na eleição.

A candidatura portuguesa não deverá ter oposição de nenhum dos cinco países membros permanentes do Conselho de Segurança – França, Inglaterra, Rússia, China e Estados Unidos.

A notícia é conhecida a dois dias das eleições presidenciais, as mesmas a que Guterres chegou a ser dado por várias vezes como possível candidato. O próprio disse recentemente que não está disponível para regressar à vida política activa nacional.

 

Ban Ki-moon, o sul coreano que ocupa actualmente o cargo de secretário-geral da ONU, sai no final deste ano e o seu sucessor deverá iniciar funções a 1 de Janeiro de 2017.