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Governo "só parece preocupado em sobreviver ao dramalhão" do caso Galamba, diz Mariana Mortágua
Mariana Mortágua obteve uma esmagadora vitória na Convenção Nacional que decorreu este fim de semana em Lisboa. No discurso de vitória avisou os adversários que "ainda não viram nada".
No discurso que encerrou a XIII Convenção Nacional do partido, que decorreu em Lisboa, a líder bloquista afirmou que "se instalou um poder absoluto que só parece preocupado em sobreviver ao dramalhão do quarto andar do Ministério [das Infraestruturas] em que para alguns governantes as suas carreiras pessoais são mais importantes que os seus deveres em que o país é humilhado com decisões arbitrárias com questiúnculas grotescas em que a política é gerida ao sabor de aprendizes de feiticeiro, os 'spin doctors' em que os anúncios de hoje de nada valem amanhã", apontando "as patologias do poder" que "transformaram a política num triste entretenimento."
E deixou um aviso "aos adversários, para quem a esquerda é sempre um projeto condenado, já nos conhecem, mas ainda não viram nada da força que vamos saber criar, reinventar, construir, unir", afirmou a nova líder, eleita com um resultado esmagador na XIII Convenção Nacional do BE.
A líder eleita, que sucede a Catarina Martins, considerou que atualmente se assiste "à degradação da vida pública" e que "é precisamente quando a vida pública se degrada que é mais preciso mostrar que no BE a política é e sempre será o lugar das causas e das convicções".
"Não deixamos a política entregue ao calculismo nem a esse pântano em que verdade e mentira se confundem. A nossa política é uma paixão maior do que qualquer circunstância, é uma forma de impaciência, é uma vontade que ninguém pode domar", salientou.
Deixou um forte elogio a Catarina Martins que abandona a liderança ao fim de 10 anos de liderança do Bloco. "A Catarina [Martins] provou ser a melhor de todos nós. Esperamos e queremos contar contigo."
Com Lusa