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François Fillon acusa esquerda de "golpe de Estado institucional" contra si

O ex-primeiro-ministro francês e candidato às presidenciais francesas, François Fillon, disse esta quarta-feira que a polémica em que foi envolvido relacionada com alegados empregos fictícios da sua mulher como assistente parlamentar é "um golpe de Estado institucional" da esquerda.

01 de Fevereiro de 2017 às 15:33
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Fillon mostrou-se esta quarta-feira, 1 de Fevereiro, mais ofensivo do que nunca - de acordo com Thierry Solère, um dos seus lugares-tenentes - numa reunião de deputados do Partido Republicano, em que considerou que tinha sido posto "sob o ponto de mira".

O porta-voz do Governo e ministro da Agricultura, Stéphane Le Foll, defendeu o Partido Socialista francês e o executivo das acusações, considerando-as "inaceitáveis", contrapondo que "cada um deve assumir as suas responsabilidades".

Fillon pediu aos seus apoiantes que esperem "15 dias", prazo em que ele calcula que a investigação preliminar terá concluído os seus trabalhos. Os resultados desta investigação, acredita o político conservador, dar-lhe-ão um novo fôlego para relançar a campanha.

Fillon alertou ainda os seus pares para o perigo de o partido considerar um plano B para o substituir - cenário que já foi divulgado pela imprensa francesa -, considerando que qualquer solução deste género traduzir-se-á num fracasso eleitoral.

Também Solère sublinhou que "ninguém impedirá Fillon" de concorrer às eleições de Abril e Maio, considerando que se está a tentar fazer com que os franceses não tenham umas "eleições democráticas".

A polémica, de acordo com uma sondagem publicada pelo jornal económico francês Les Echos, pesa já nas intenções de voto em Fillon, que sofreu uma queda de entre cinco e seis pontos percentuais em menos de um mês e não tem garantida a sua passagem à segunda volta.

O favorito no campo do partido Os Republicanos é agora o ex-ministro da Economia Emmanuel Macron, que não apenas passaria à segunda volta de 7 de maio próximo, como bateria a candidata da extrema-direita, Marine Le Pen, com 65% dos votos.

Fillon insistiu hoje que a sua mulher foi "remunerada legalmente e com uma quantia normal" como sua assistente parlamentar e posteriormente do deputado que o substituiu na circunscrição.

O semanário "Le Canard Enchaîné" revelou hoje que a mulher de Fillon esteve contratada durante 15 anos, e não apenas oito, como foi veiculado antes, e beneficiou de um montante total bruto de salários na ordem dos 831 mil euros, provenientes do erário público.
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