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Fillon investigado oficialmente por utilização indevida de fundos públicos

O Ministério Público francês decidiu avançar com uma investigação formal ao candidato presidencial François Fillon por uso indevido de fundos públicos relacionados com alegados empregos fictícios da sua mulher e dos filhos.

Negócios 14 de Março de 2017 às 14:59
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O candidato da direita às eleições presidenciais de França foi convocado pelos juízes de instrução, que têm em mãos a investigação sobre os empregos, como assistentes parlamentares, da mulher de Fillon e dos seus dois filhos. Há suspeitas dos familiares de Fillon terem recebido salários por empregos fictícios.

O Ministério Público confirmou que o candidato à presidência de França está sob investigação formal no âmbito do escândalo sobre empregos fictícios da mulher e dos seus dois filhos. Em causa estão suspeitas de uso indevido de fundos públicos, revelou esta terça-feira, 14 de Março, o Ministério Público, citado pela imprensa internacional.

A 6 de Fevereiro, Fillon admitiu que contratou a mulher e os filhos, embora tenha negado que o tenha feito de forma irregular, alegando antes que o fez por "questões de confiança".

 

A Reuters, que cita uma fonte judicial, adianta que François Fillon é suspeito de vários crimes: desvio de fundos públicos, cumplicidade no desvio de fundos públicos, recebimento de fundos e ausência de declaração dos mesmos.


Além das suspeitas de ter "criado" postos de trabalho para os seus familiares, Fillon está suspeito de ter recebido dinheiro e de não o ter declarado. O candidato de Os Republicanos às presidenciais francesas terá recebido 50 mil euros do empresário Marc Ladreit de Lacharriére, em 2013, que não constam da sua declaração de rendimentos.

O responsável tem estado sob fogo cruzado. Já foram várias as vezes que foi noticiado que estaria a pensar abandonar a corrida às eleições presidenciais, mas acabou sempre por renovar a sua convicção na corrida ao Eliseu. Ainda no dia 5 de Março, Fillon pediu desculpas a apoiantes, num comício, e manteve a sua candidatura.

"Eles pensam que estou só, querem que esteja só, obrigado pela vossa presença", disse na altura Fillon perante várias dezenas de milhares de partidários reunidos em Paris. "Sei bem, creiam-me, qual é a minha parte de responsabilidade nesta provação. Além das traições, do calendário judicial, da campanha de difamação, é culpa minha que este projecto (...), em que vocês acreditam, se depare com tantas dificuldades", referiu Fillon.

(Notícia actualizada às 15:10 com mais informação)
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