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EUA impõem sanções a empresas da China e dos Emirados por ajudarem o Irão

No passado dia 8 de outubro, o Governo de Trump encerrou o acesso do Irão ao sector financeiro global, impondo sanções a 18 grandes bancos daquele país, os poucos que ficaram a operar.

Reuters
17 de Dezembro de 2020 às 01:08
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O Governo norte-americano anunciou na quarta-feira sanções contra duas empresas chinesas e duas dos Emirados Árabes Unidos por ajudarem a exportar produtos petroquímicos da Triliance, uma empresa iraniana banida por Washington no início deste ano.

"O setor petroquímico e o setor petrolífero do Irão são as principais fontes de financiamento para o regime iraniano, que depois os utiliza para apoiar a sua maligna agenda interna e internacional maléfica", afirmou o secretário norte-americano do Tesouro, Steven Mnuchin (na foto), em comunicado.

As empresas sancionadas incluem a Donghai International Ship Management Limited, com sede na China, que no início deste ano foi alegadamente responsável por operar um navio que transportava dezenas de milhares de toneladas de petroquímicos, avaliados em milhões de dólares, do Irão para a China, como parte de um acordo com a Triliance.

Outra das sanções foi aplicada à empresa chinesa Petrochem South East, que alegadamente foi usada como canal para realizar pagamentos a empresas relacionadas com a Triliance.

O Tesouro acusou ainda duas empresas sediadas nos Emirados Árabes Unidos, Alpha Tech Trading FZE e Petroliance Trading FZE, de terem funcionado como fachada para as vendas de petroquímicos da Triliance.

Como consequência destas sanções, os ativos que estas entidades podem ter sob a jurisdição dos EUA são congelados e as transações financeiras com cidadãos ou empresas dos EUA são proibidas, adianta a agência de notícias Efe.

Estas sanções servem para redobrar a pressão sobre o setor petroquímico do Irão a apenas um mês da saída do presidente Donald Trump da Casa Branca e da tomada de posse de Joe Biden como novo chefe de Estado - a 20 de janeiro de 2021.

Sob a administração de Donald Trump, os EUA iniciaram em agosto um processo com as Nações Unidas para restabelecer todas as sanções internacionais contra o Irão que foram levantadas com o acordo nuclear de 2015 (do qual Washington se retirou em 2018), argumentando que Teerão não cumpriu as suas obrigações.

No entanto, a maioria do Conselho de Segurança das Nações Unidas considera que os EUA não têm poder para usar este mecanismo, uma vez que abandonaram o pacto em 2018.

No passado dia 8 de outubro, o Governo de Trump encerrou o acesso do Irão ao sector financeiro global, impondo sanções a 18 grandes bancos daquele país, os poucos que ficaram a operar.

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