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Enrico Letta é o novo primeiro-ministro de Itália

Napolitano nomeou Enrico Letta, número dois do Partido Democrático, como primeiro-ministro italiano, dois meses depois das eleições legislativas. Letta diz ter aceite a nomeação "com reserva", mas o país "não podia continuar" na situação "inédita e frágil" em que se encontrava.

24 de Abril de 2013 às 12:16
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O Presidente de Itália, Giorgio Napolitano, esteve reunido esta manhã com Enrico Letta (na foto, esta terça-feira no Palácio Presidencial). A imprensa já avançava que o substituto de Pier Luigi Bersani à frente do Partido Democrático deveria ser nomeado primeiro-ministro. O que já foi confirmado.

 

Letta já falou aos jornalistas, tendo dito que vai consultar os partidos políticos amanhã, apelando a todas as forças políticas para apoiarem as reformas que serão necessárias.

 

Letta afirmou que aceitou ser primeiro-ministro, o que é “uma grande responsabilidade”, mas defende que “a situação inédita e frágil” que Itália vivia “não podia continuar”, acrescentando que o “país estava à espera de um Governo”, segundo declarações aos jornalistas citadas pelo “Il Sole 24 Ore”.

 

“Recebi a tarefa que aceitei com reserva, como é natural. Foi com forte surpresa que recebi o telefonema do Presidente. Passaram 50 dias sem que se tenha formado um Governo. Aceitei a responsabilidade que reconheço que é pesada. No entanto, é com grande determinação que me assumo esta missão, porque o país precisa de respostas, sobretudo aquela parte do país que sofre. O sentimento de pobreza que cresce, os jovens que vão para o estrangeiro, porque não encontram respostas”, adiantou.

 

De acordo com a Bloomberg, Enrico Letta recusou falar sobre potenciais ministros ou outros responsáveis que poderão integrar o Governo.

 

Silvio Berlusconi afirmou, na terça-feira, através de um “post” no Facebook, iria “tentar dar o maior apoio a quem fosse nomeado”, demonstrando desta forma abertura para apoiar um Executivo.

 

Letta foi incumbido de constituir um Governo, numa altura em que se prevê que o partido de Berlusconi, bem como o movimento cívico liderado por Mario Monti apoiem um Executivo.

 

Os italianos foram às urnas no final de Fevereiro, com os resultados a não darem qualquer maioria governativa. E as negociações entre partidos também falharam este objectivo. Napolitano tentou que se chegasse a um consenso político, mas sem sucesso.

 

Bersani, líder do Partido Democrático, foi o que conseguiu melhores resultados nas eleições, mas não o suficiente para governar. Até porque não conseguiu criar coligações suficientemente fortes para Governar.

 

(Notícia actualizada às 12h38 com declarações de Enrico Letta e mais informação)
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