Notícia
E agora, Venezuela?
Nicolás Maduro, actual vice-presidente da Republica Bolivariana da Venezuela, parece ser o provável sucessor de Hugo Chávez no palácio presidencial de Miraflores.
Com a morte do presidente, a Constituição diz que a Venezuela deve avançar com novas eleições num prazo de 30 dias e que, nesse interregno, deve o vice-presidente tomar as rédeas, recorda o “New York Times”, sublinhando que o mais provável é que seja o actual vice-presidente, Nicolás Maduro, a vencer o escrutínio. Chávez tinha já designado Maduro como o seu sucessor político. No entanto, tudo pode acontecer.
Tal como recorda a Reuters, as novas eleições irão testar até que ponto é que a apregoada “revolução” socialista de Chávez consegue ou não sobreviver sem a sua personalidade dominante a comandar.
“Atendendo a que a margem de vitória de Chávez nas presidenciais de 2012 foi quase 10 pontos inferior à que tinha obtido em 2006, não é certo que o Chavismo possa ter a mesma força sem Hugo Chávez do que a força que teve o Peronismo na Argentina, por exemplo, após a morte de Juan Péron”, destaca, por seu lado, a “Time”.
Apesar do que diz a Constituição, o “New York Times” lembra os acesos debates dos últimos meses sobre a interpretação da lei, pelo que “é impossível prever quando é que a transição pós-Chávez vai ocorrer”. E se o Chavismo vai sobreviver a Chávez.
O Ministério venezuelano dos Negócios Estrangeiros anunciou entretanto que, face à morte de Hugo Chávez, Nicolás Maduro assumirá as funções de presidente interino.
O chanceler da República, Elías Jaua, informou - citado pelo jornal venezuelano “El Universal” - que foram decretados sete dias de luto nacional, com início na terça-feira à noite, logo após a morte de Chávez. Nos dias 6, 7 e 8 de Março estarão suspensas as aulas em todos os níveis nas instituições públicas e privadas. Na sexta-feira, dia 8, será realizado o funeral.
(notícia actualizada às 4:05)