Notícia
Dois dias depois, BE já diz que demissão da ministra é uma "inevitabilidade"
Na segunda-feira, Catarina Martins deixou a porta entreaberta à saída de Constança Urbano de Sousa, mas só depois do ciclo de combate a incêndios e do conselho de ministros de sábado que avaliará o relatório de Pedrógão. Agora, o BE diz que a demissão era uma "inevitabilidade". E não quer que mudem só as caras.
"Ninguém quer uma demissão de uma ministra no meio de um combate ao fogo". As palavras são de Catarina Martins, coordenadora nacional do Bloco de Esquerda, ditas na passada segunda-feira. Menos de 48 horas depois – e após a saída esta manhã da ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa – o BE faz outra leitura: a demissão da ministra é agora uma "inevitabilidade", pela boca do líder parlamentar do partido.
"É uma inevitabilidade face ao processo a que nós assistimos durante os últimos meses neste Verão, da mesma forma que é inevitável a aceitação pelo primeiro-ministro," afirmou esta quarta-feira, 18 de Outubro, Pedro Filipe Soares.
Há dois dias, Catarina Martins não tinha fechado a porta à saída da ministra, mas apenas quando acabasse "este ciclo de combate" aos fogos e depois do conselho de ministros extraordinário de sábado para debater o relatório da comissão independente sobre os incêndios. "O ‘timing’ da demissão não é o mais relevante deste processo", diz agora o líder parlamentar.
Em declarações aos jornalistas no Parlamento, Pedro Filipe Soares avisou no entanto que a mudança não pode ficar pelas caras e que é preciso uma "alteração profunda do modelo de Protecção Civil, insistindo na ideia de colocar prevenção e combate debaixo da mesma estrutura.
"Mudar rostos para manter a política era o pior erro que podia acontecer, não corresponderia às expectativas do país," acrescentou. E defendeu que se as propostas apresentadas há quatro anos pelo partido tivessem sido adoptadas "daria para muito ter sido feito, incluindo não termos aprovado a lei de Assunção Cristas que permitiu espalhar eucaliptos pelo país sem rei nem roque. (…) O CDS não é isento de responsabilidades nesta matéria".
Sobre a proposta de moção de censura anunciada pelo CDS, o líder parlamentar não quis revelar uma decisão, preferindo esperar para ver o documento: "Não iremos apresentar posição em relação a um documento que não existe antes de o conhecermos, não faz sentido. (…) Não temos bola de cristal nessa matéria" disse.
Já sobre a apreensão do material militar desaparecido em Tancos e encontrado esta madrugada na Chamusca, Pedro Filipe Soares pediu um relatório sobre o sucedido, à semelhança do que aconteceu para Pedrógão para que "a verdade venha ao de cima e país seja esclarecido".
"É uma inevitabilidade face ao processo a que nós assistimos durante os últimos meses neste Verão, da mesma forma que é inevitável a aceitação pelo primeiro-ministro," afirmou esta quarta-feira, 18 de Outubro, Pedro Filipe Soares.
Em declarações aos jornalistas no Parlamento, Pedro Filipe Soares avisou no entanto que a mudança não pode ficar pelas caras e que é preciso uma "alteração profunda do modelo de Protecção Civil, insistindo na ideia de colocar prevenção e combate debaixo da mesma estrutura.
"Mudar rostos para manter a política era o pior erro que podia acontecer, não corresponderia às expectativas do país," acrescentou. E defendeu que se as propostas apresentadas há quatro anos pelo partido tivessem sido adoptadas "daria para muito ter sido feito, incluindo não termos aprovado a lei de Assunção Cristas que permitiu espalhar eucaliptos pelo país sem rei nem roque. (…) O CDS não é isento de responsabilidades nesta matéria".
Sobre a proposta de moção de censura anunciada pelo CDS, o líder parlamentar não quis revelar uma decisão, preferindo esperar para ver o documento: "Não iremos apresentar posição em relação a um documento que não existe antes de o conhecermos, não faz sentido. (…) Não temos bola de cristal nessa matéria" disse.
Já sobre a apreensão do material militar desaparecido em Tancos e encontrado esta madrugada na Chamusca, Pedro Filipe Soares pediu um relatório sobre o sucedido, à semelhança do que aconteceu para Pedrógão para que "a verdade venha ao de cima e país seja esclarecido".