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Cristas pede calma a quem pensa no Governo e aponta "desafio autárquico"
A líder do CDS-PP sublinhou esta segunda-feira que o próximo desafio do partido é autárquico e deixou o recado para quem está preocupado com futuras responsabilidades governativas, salientando que o caminho se faz "passo a passo".
"Para quem se preocupa em como é que fica o resto, e depois afinal o Governo, e isto e aquilo, meus amigos: passo a passo. O que temos agora à nossa frente é o desafio autárquico", afirmou Assunção Cristas no jantar da Concelhia do CDS-PP de Lisboa, no qual falou sobretudo enquanto candidata à câmara da capital.
A dirigente política dedicou parte substancial da sua intervenção a falar da sua candidatura à autarquia de Lisboa, terminando a saudar a tomada de posse de António Guterres enquanto secretário-geral das Nações Unidas (ONU). "O CDS hoje é a voz mais clara, mais firme, mais alternativa, mais consistente, mais capaz de mobilizar uma alternativa para Lisboa", argumentou.
Na véspera de PSD e CDS-PP assinarem um acordo-quadro para as eleições autárquicas, a presidente centrista não revelou o conteúdo do documento sobre a política de alianças com os social-democratas.
A líder candidata disse que, em Lisboa, está neste momento concentrada em "fazer o trabalho de casa, com serenidade, com tranquilidade", reunindo com pessoas e instituições, visitando bairros e a "ouvir Lisboa", num ciclo de conferências coordenado pelo antigo presidente da câmara Carmona Rodrigues, independente que governou a autarquia eleito pelo PSD, entre 2005 e 2007.
Criticando a "falta de comunicação" com os lisboetas do actual executivo camarário liderado por Fernando Medina (PS), Assunção Cristas ironizou com os títulos dos artigos que ambos assinam semanalmente no jornal Correio da Manhã.
"O título da minha página é 'Lisboa, menina e moça', que contrapõe ao título de Medina 'Cais das Colunas': Ele prefere a pedra, prefere o símbolo de poder, a obra pública, eu prefiro as pessoas. E já agora, se Lisboa, que é a cidade mais envelhecida da Europa, puder ter mais meninas e moças, será certamente uma cidade mais equilibrada", afirmou.