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Cristas diz que Governo é "campeão do calote"

A líder centrista compara a "propaganda" do Executivo à que é feita por "regimes extremistas, ditatoriais,"referindo-se às iniciativas que no sábado vão assinalar um ano de Governo.

25 de Novembro de 2016 às 23:26
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A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, acusou hoje o Governo de voltar a ser "o campeão do calote", aumentando dívida e atrasando pagamentos e a fazer propaganda com sucesso, aludindo a "regimes ditatoriais" que também o fazem.


"Este Governo volta àquilo que tão bem conhecia, ao aumento da dívida, alarga pagamentos, atrasa pagamentos, aumenta prazos e, no fundo, volta a ser o campeão do calote, que é à boa maneira socialista. É o verdadeiro campeão do calote, já se vê agora e vai-se ver ainda mais no futuro", acusou Assunção Cristas.


Na Amadora, num jantar comemorativo do 25 de Novembro, que marcou o fim do Processo Revolucionário em Curso (PREC) desde o 25 de Abril, a líder centrista referiu-se ainda às iniciativas que no sábado vão assinalar um ano de Governo como propaganda, aquilo que o executivo "faz bem".


"Nisso temos de lhes tirar o chapéu, faz aquilo que faz bem, chama-se propaganda. Aliás, aquilo que os regimes extremistas, ditatoriais, também sabem fazer. Amanhã vamos assistir a mais uma grande operação de propaganda, porque eles nisso, de facto, são muito bons. Vamos ver uma operação sobre um país cor-de-rosa, um festim grande, vão andar todos felizes, inebriados com o facto de este casamento a três já durar um ano", afirmou.


No sábado, os ministros estarão em visitas por todo o país, durante a manhã, e, à tarde, o primeiro-ministro, António Costa, responderá a perguntas de cidadãos, escolhidos pelo Instituto de Ciências Sociais (ICS), num estudo coordenado pela politóloga Marina Costa Lobo, do Observatório da Qualidade da Democracia.


Assunção Cristas falou do aumento dos atrasos a fornecedores referindo-se sobretudo à saúde: "Faz lembrar quando chegámos ao Governo e tínhamos milhares de milhões de dívida na saúde, neste momento ela voltou".


"O ADN dos socialistas, o ADN das esquerdas radicais está tudo lá", afirmou, insurgindo-se contra a "enorme cumplicidade do silêncio dos sindicatos" que já "não se ouvem".


"Há um país anestesiado porque, aparentemente, ninguém dá voz aquilo que se passa por todo lado e que nós que andamos no terreno vamos ouvindo", argumentou, para sublinhar a "degradação dos serviços públicos" provocada pelas cativações.


No início da sua intervenção, em que fez um balanço da governação do PS apoiado na maioria de esquerda no parlamento, Assunção Cristas começou por se referir ao 25 de Novembro, sublinhando o orgulho de liderar o único partido que comemora a data a nível nacional, o que faz aliás com que o PSD da Amadora também esteja presente.


Cristas referiu-se ao fim do PREC como a razão da "própria existência" do CDS: "Se não fosse o 25 de Novembro, não existia CDS, teria sido banido", afirmou.

Para a líder do CDS, o 25 de Novembro foi "a derrota de um Portugal fechado", que ia "receber ordens de Moscovo" e não respeitar a propriedade privada e as liberdades individuais.

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