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Costa diz que se revê no documento estratégico do secretário-geral do PS
O dirigente socialista António Costa afirmou este domingo, perante a Comissão Nacional do PS, que se revê do documento de orientação estratégica apresentado pelo secretário-geral, António José Seguro.
Fontes socialistas disseram à agência Lusa que o presidente da Câmara de Lisboa falou pouco depois da intervenção de António José Seguro e que manifestou a sua concordância com as propostas apresentadas pelo líder.
António Costa sustentou que só pelo simples facto de haver aquele documento de orientação estratégica constituía "um bom sinal".
Na sua intervenção, o presidente da Câmara de Lisboa considerou que a proposta de documento apresentada por António José Seguro representava "um ponto de viragem" no partido face aos desafios que tem pela frente.
António Costa voltou a defender a tese que a unidade entre os socialistas "é um meio e não um fim" e que dentro do PS deve existir "unidade dentro da pluralidade".
Outra intervenção considerada relevante foi feita pelo ex-ministro da Presidência Pedro Silva Pereira e que esteve na equipa de António Costa durante as recentes conversações com o secretário-geral do PS.
De acordo com membros da Comissão Nacional do PS, Pedro Silva Pereira procurou essencialmente esclarecer a sua intervenção neste processo interno, visando "desfazer equívocos" e referiu que também ele subscrevia o documento apresentado por António José Seguro.
Até agora, a única nota de demarcação relevante face ao consenso existente na Comissão Nacional do PS partiu do ex-secretário de Estado da Presidência João Tiago Silveira, que classificou como "artificial" o processo de unidade.
"Os portugueses não compreendem", advertiu João Tiago Silva, que foi porta-voz do PS na direcção liderada por José Sócrates antes das eleições legislativas de 2009.
O documento apresentado por António José Seguro sobre a base estratégica para o PS tem o lema "Portugal primeiro".