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Costa nega que Espanha tenha deixado cair "pacto ibérico" sobre preços da eletricidade

Em debate no Parlamento, o primeiro-ministro assegurou que a proposta conjunta de Portugal e Espanha para limitar os preços da eletricidade na Península Ibérica continua de pé. Adiantou ainda que há outros Estados-membros que se querem juntar à iniciativa.

Lusa
22 de Março de 2022 às 15:38
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O primeiro-ministro, António Costa, garantiu esta terça-feira que o "pacto ibérico" para fixar um teto máximo para a eletricidade está ainda em cima da mesa e negou qualquer recusa por parte da Espanha em dar continuidade à proposta. O líder do Executivo avançou ainda que há outros Estados-membros que se estão a juntar à iniciativa.

"Há uma proposta que Portugal e Espanha trabalharam e da qual a Espanha, ao contrário do que li na imprensa, não se afastou. [A proposta] tem o apoio de outros países, designadamente da Itália, da Grécia e de outros países que se têm vindo a juntar", referiu, no debate preparatório do Conselho Europeu, no Parlamento. 

Esta segunda-feira, vários órgãos de comunicação espanhóis avançaram que o governo espanhol de Pedro Sánchez se estava a preparar chumbar o "pacto ibérico" sobre os preços da eletricidade e que está a trabalhar já em soluções alternativas para baixar os preços da eletricidade, que garantam uma maior unanimidade na União Europeia.

António Costa assegurou que a ideia de impor "um teto máximo para o preço de referência do gás de forma a que, por essa via, se consiga evitar a contaminação do preço da eletricidade", e que a proposta tem vindo a ser trabalhada com a Comissão Europeia e que está a ser acolhida em Espanha, ao contrário do que foi avançado.

O primeiro-ministro adiantou ainda que a proposta não deverá fixar nenhum preço de mercado que possa pôr em risco "o abastecimento do gás", que não afetaria particularmente Portugal, mas sim países como a Alemanha. 

"A fixação de um preço de referência, com o pagamento do diferencial para preço de mercado, é uma solução bem equilibrada e que julgamos que pode resolver o problema. Nesse sentido, temos vindo a trabalhar com outros Estados-membros e com a Comissão Europeia", salientou. 

Para reduzir a dependência da energia fornecida pela Rússia, António Costa considera ainda que deve ser reforçado o investimento nas energias renováveis, reduzir o IVA sobre o preço da energia e que devem ser reforçadas as rotas de energia, com uma aposta na interconexão entre Portugal, Espanha e França.
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