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Costa jura que "não há quebra de confiança" com Centeno

O primeiro-ministro frisou que “não disse nada de que não tivesse consciência" no episódio sobre o Novo Banco, recusando esclarecer se o ministro das Finanças pediu a demissão na sequência dessa polémica transferência.

João Cortesão
18 de Maio de 2020 às 10:58
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António Costa insistiu esta segunda-feira, 18 de maio, que o episódio da transferência para o Novo Banco está "devidamente esclarecido" e que não passou de uma "falha de comunicação interna". Porém, ressalvou que "não disse nada de que não tivesse consciência".

 

Recusando esclarecer se Mário Centeno pediu a demissão na sequência dessa polémica transferência de 850 milhões de euros, o primeiro-ministro assegurou que "não há quebra de confiança" com o ministro das Finanças, que "todos os dias cumpre bem o seu papel". Mas deixou a porta aberta para a saída: "Os governos têm dinâmicas, pessoas têm as suas vidas (…). Tudo terá o seu tempo".

 

O próximo cargo apontado para Centeno é o de governador do Banco de Portugal. Em declarações à TSF, onde está a ser entrevistado esta manhã, o chefe do Executivo sublinhou que "consultará os partidos, o Presidente da República e as instituições que devem ser ouvidas". Carlos Costa termina o mandato em julho, mas poderá manter-se em funções se o processo de substituição demorar.

 

Antes de uma eventual saída, Centeno terá de apresentar um Orçamento Suplementar devido à pandemia de covid-19. E Costa gostaria de ter o documento aprovado "por unanimidade" no Parlamento. Questionado sobre a austeridade, repetiu que não tomará a "decisão política de cortar rendimentos" nem irá "acrescentar medidas de restrição económica", mesmo que as contas das Finanças apontem "para que antes de 2022 não retomemos onde estávamos em 2019".

"Vidente" no caminho de Belém

 

Depois de ter lançado a candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa a um segundo mandato em Belém – e de isso ter sido lido como um apoio indireto ao atual chefe de Estado –, António Costa disse agora que o PS "tomará posição no momento próprio", mas "não é preciso ser vidente para antever" o que os portugueses desejam para a Presidência.

 

Na sequência desse episódio "tão grave, com tantas implicações para a democracia" e que a deixou "muito preocupada" também com o partido em que milita, Ana Gomes, ex-eurodeputada socialista, admitiu este domingo que vai voltar a "refletir" sobre uma candidatura a Belém nas eleições previstas para o início do próximo ano.

Conversas para abrir ginásios e ventiladores em Pequim

O primeiro-ministro disse na TSF que já há conversas em curso com a associação do setor para a reabertura dos ginásios, o que obrigará à definição de normas para que não haja uma excessiva acumulação de clientes nesses espaços e para que sejam cumpridas as regras de higiene. Fora do calendário estão ainda os bares e as discotecas por serem "atividades que vivem da interação" entre as pessoas, acrescentou António Costa, que nesta entrevista avançou que os 500 ventiladores adquirido à China já estão desde sábado na embaixada em Pequim e serão enviados em breve para Portugal.

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