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Costa exalta-se com popular durante arruada em Lisboa por causa de Pedrógão Grande
Secretário-geral do PS foi abordado por transeunte e viveram-se momentos de tensão, depois de ter sido acusado de estar de férias durante os fogos.
O último dia de campanha do PS ficou marcado por um momento de tensão envolvendo o secretário-geral dos socialistas, António Costa. Quando a arruada "rosa" estava no Terreiro do Paço, em Lisboa, o também primeiro-ministro foi abordado por transeunte e acusado de estar de férias durante os incêndios em Pedrógão Grande, no verão de 2017.
Seguiu-se então, o seguinte diálogo, filmado pela CMTV.
Popular: O senhor quando foi dos incêndios lá de cima de Pedrógão Grande estava nas suas merecidas férias.
Costa: Não estava, não. É mentira, é mentira, é mentira isso. Não interrompi nada. Não. Não, eu dia 18 de junho estava lá. Isso é mentira, é mentira isso que o senhor está a dizer.
Popular: Não esteve presente.
Costa: Isso é mentira, é mentira isso o que o senhor está a dizer.
Popular: É mentira.
Esta questão já tinha sido colocada, depois do presidente do PSD ter criticado Costa e acusado o mesmo de de não acompanhar a greve dos motoristas por estar de férias. "O que está em causa neste caso (na greve nos motoristas) era eu entrar ou não num circo mediático durante quatro ou cinco dias. Mas o que esteve em causa quando ele pura e simplesmente não interrompeu as férias foi a morte de mais de 60 pessoas", disse Rio na altura.
Porém, o gabinete do primeiro-ministro desmentiu o líder do PSD. "Em 17 de Junho de 2017, o primeiro-ministro não estava de férias e no dia 18 de manhã estava em Pedrógão reunido com os presidentes de Câmara dos concelhos mais atingidos. Os presidentes de Câmara da Sertã ou da Pampilhosa, por exemplo, podem confirmá-lo. Os deputados do PSD/Leiria também estiveram com o primeiro-ministro quando visitou o posto de comando", indicou numa nota.
O incêndio que deflagrou há dois anos em Pedrógão Grande e que alastrou a concelhos vizinhos provocou a morte de 66 pessoas e 253 feridos, sete dos quais graves, e destruiu cerca de meio milhar de casas e 50 empresas.
Mais de dois terços das vítimas mortais (47 pessoas) seguiam em viaturas e ficaram cercadas pelas chamas na Estrada Nacional 236-1, entre Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, no interior norte do distrito de Leiria, ou em acessos àquela via.
Em 2017, o primeiro-ministro gozou férias até 12 de julho, depois dos incêndios de Pedrógão Grande e do roubo de Tancos.
Entretanto, António Costa já comentou a altercação durante a campanha, acusando a direita de fazer uma "campanha negra".