Notícia
Costa acusa a direita de recorrer a "golpes baixos" no incidente com popular
O primeiro-ministro considera "vergonhoso" que a direita possa recorrer a "golpes tão baixos" como o do incidente desta tarde no Terreiro do Paço. António Costa lamenta a insistência na "mentira" de que estava de férias durante o incêndio de Pedrógão Grande e considera que isso faz parte das "campanhas negras em que o PSD e CDS se tornaram especialistas".
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António Costa acusou a direita de ser responsável por "plantar" um homem no Terreiro do Paço durante uma ação de campanha do PS em que o líder socialista se exaltou depois daquele popular o ter acusado de estar de férias, e não as interromper, aquando da tragédia de Pedrógão Grande.
"É vergonhoso como a direita de facto recorre a golpes tão baixos como aquele que assistimos agora", declarou o primeiro-ministro aos jornalistas rejeitando que a altercação desta tarde com um popular seja um mero incidente: "Aquele senhor estava ali para provocar, repetindo uma mentira que tem sido muitas vezes repetida a respeito de uma situação trágica que atingiu o país, e é repugnante que alguém a utilize".
Questionado sobre se a sua reação impulsiva acaba por manchar a campanha eleitoral cujo término está marcado para esta sexta-feira, o secretário-geral socialista sustentou que aquilo que mancha esta campanha são as "campanhas negras em que o PSD e o CDS se tornaram especialistas".
"Marca negativamente quem plantou aquele senhor para fazer esta provocação e repetir este insulto várias vezes [repetido] nas fake news e nas campanhas negras em que o PSD e o CDS se tornaram especialistas, mas isso diz do caráter desta gente e, efetivamente, há limites para tudo", respondeu. E já confrontado sobre o grau de conhecimento detido para responsabilizar PSD e CDS por este incidente, admitiu não saber quem foram os promotores do caso - isto se é que houve mesmo uma "plantação". "Não sei quem foi", disse.
Secretário-geral do PS foi abordado por transeunte e viveram-se momentos de tensão, depois de ter sido acusado de estar de férias durante os fogos.
Rui Rio lamentou a acusação feita pelo primeiro-ministro e assegurou que, "como é evidente", o PSD nada fez para provocar um incidente com Costa.
"Lamento que o dr António Costa diga que a direita o fez. Não sei se a direita fez ou não, o centro não fez de certeza e penso que a direita também não fez, mas eu falo pelo centro que é o PSD, nós não somos a direita", afirmou com alguma ironia. Sobre a atitude do primeiro-ministro, Rio preferiu "não comentar", e quanto ao direito dos políticos se exaltarem enunciado por Costa, o presidente social-democrata assumiu existir para depois notar que também ele própria ouve "muita, muita coisa" de que não gosta: "Os políticos têm todos o direito a perder a cabeça, mas olhe, eu ouço muita, muita coisa que não gosto, mas mesmo muita, mas andamos nesta vida".
Efetivamente o primeiro-ministro não estava de férias nem quando deflagrou o incêndio de Pedrógão, em 17 junho de 2017, nem nos dias subsequentes. Costa reiterou isso mesmo esta tarde, recordando que logo na manhã de 18 de junho esteve naquele município reunido com "todos os presidentes de câmara menos o de Castanheira de Pêra".
O filme do sucedido
Já na fase final da arruada socialista que desceu do Chiado até á Praça do Comércio, mesmo debaixo das arcadas do Supremo Tribunal de Justiça, um cidadão aproximou-se do secretário-geral do PS para mostrar o seu descontentamento por Costa estar de férias durante a tragédia de Pedrógão, que vitimou mais de seis dezenas de pessoas.
Costa repetiu várias vezes que a acusação de que fora alvo é "mentira" para, perante a insistência do popular, e num crescendo de exaltação, o chamar "mentiroso". Já depois de voltar costas ao cidadão e quando começava a afastar-se, António Costa voltou-se repentina e inesperadamente para, com um rosto inflamado, o confrontar novamente de dedo em riste, o que levou os seguranças a interporem-se pelo meio para evitar que a situação pudesse descambar ainda mais.
Os seguranças, o presidente da câmara de Lisboa, Fernando Medina, e a líder da JS, Maria Begonha, que estavam junto do primeiro-ministro, ajudaram a fechar um círculo em torno de António Costa com apelos à "calma" do líder socialista. (Notícia atualizada às 18:15)
"É vergonhoso como a direita de facto recorre a golpes tão baixos como aquele que assistimos agora", declarou o primeiro-ministro aos jornalistas rejeitando que a altercação desta tarde com um popular seja um mero incidente: "Aquele senhor estava ali para provocar, repetindo uma mentira que tem sido muitas vezes repetida a respeito de uma situação trágica que atingiu o país, e é repugnante que alguém a utilize".
"Marca negativamente quem plantou aquele senhor para fazer esta provocação e repetir este insulto várias vezes [repetido] nas fake news e nas campanhas negras em que o PSD e o CDS se tornaram especialistas, mas isso diz do caráter desta gente e, efetivamente, há limites para tudo", respondeu. E já confrontado sobre o grau de conhecimento detido para responsabilizar PSD e CDS por este incidente, admitiu não saber quem foram os promotores do caso - isto se é que houve mesmo uma "plantação". "Não sei quem foi", disse.
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Sobre a forma como reagiu às acusações do popular, António Costa justificou-se dizendo que "mesmo uma pessoa calma e serena" tem "momentos em que tem de reagir porque há limites para tudo".
Rui Rio lamentou a acusação feita pelo primeiro-ministro e assegurou que, "como é evidente", o PSD nada fez para provocar um incidente com Costa.
"Lamento que o dr António Costa diga que a direita o fez. Não sei se a direita fez ou não, o centro não fez de certeza e penso que a direita também não fez, mas eu falo pelo centro que é o PSD, nós não somos a direita", afirmou com alguma ironia. Sobre a atitude do primeiro-ministro, Rio preferiu "não comentar", e quanto ao direito dos políticos se exaltarem enunciado por Costa, o presidente social-democrata assumiu existir para depois notar que também ele própria ouve "muita, muita coisa" de que não gosta: "Os políticos têm todos o direito a perder a cabeça, mas olhe, eu ouço muita, muita coisa que não gosto, mas mesmo muita, mas andamos nesta vida".
Efetivamente o primeiro-ministro não estava de férias nem quando deflagrou o incêndio de Pedrógão, em 17 junho de 2017, nem nos dias subsequentes. Costa reiterou isso mesmo esta tarde, recordando que logo na manhã de 18 de junho esteve naquele município reunido com "todos os presidentes de câmara menos o de Castanheira de Pêra".
O filme do sucedido
Já na fase final da arruada socialista que desceu do Chiado até á Praça do Comércio, mesmo debaixo das arcadas do Supremo Tribunal de Justiça, um cidadão aproximou-se do secretário-geral do PS para mostrar o seu descontentamento por Costa estar de férias durante a tragédia de Pedrógão, que vitimou mais de seis dezenas de pessoas.
Costa repetiu várias vezes que a acusação de que fora alvo é "mentira" para, perante a insistência do popular, e num crescendo de exaltação, o chamar "mentiroso". Já depois de voltar costas ao cidadão e quando começava a afastar-se, António Costa voltou-se repentina e inesperadamente para, com um rosto inflamado, o confrontar novamente de dedo em riste, o que levou os seguranças a interporem-se pelo meio para evitar que a situação pudesse descambar ainda mais.
Os seguranças, o presidente da câmara de Lisboa, Fernando Medina, e a líder da JS, Maria Begonha, que estavam junto do primeiro-ministro, ajudaram a fechar um círculo em torno de António Costa com apelos à "calma" do líder socialista. (Notícia atualizada às 18:15)