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Costa despede-se em modo campanha: ciclo político vai "prosseguir com vitória do PS"
Na última presença no Parlamento, Costa reiterou a posição do país em relação ao alargamento da UE e da revisão intercalar do quadro financeiro plurianual. Costa reconheceu "derrota" dos socialistas no início deste ciclo.
Na sua última presença nos trabalhos parlamentares, António Costa, dirigindo-se aos deputados do PSD, admitiu que "este ciclo político pode ter começado com uma derrota do PS", mas que vai "seguramente prosseguir com uma vitória do PS no próximo dia 10 de março", data das legislativas. Costa abriu debate preparatório do Conselho Europeu reiterando o posicionamento do país ao alargamento da União Europeia e a revisão intercalar do quadro financeiro plurianual.
Em resposta aos deputados sociais-democratas Paulo Moniz e Catarina Rocha Ferreira, o primeiro-ministro argumentou que os anos de governação socialista provam uma "derrota em toda a linha da direita e a sua visão sobre a Europa", visto que "demonstrou que era possível aumentar salários sem vir o diabo, aumentar pensões sem haver ruturas nas finanças públicas". "Aquilo que os senhores provaram é que a vossa receita foi um fracasso e que a alternativa da esquerda foi claramente vitoriosa na gestão da relação com a Europa, acrecentou.
Num tom eleitoral, o líder o Governo agora em gestão defendeu que o país deixou de "estar de joelhos numa posição subserviente e passamos a estar numa posição construtiva no seio da Europa onde a nossa voz é ouvida e respeitada". "Devo-lhe dizer, este ciclo político pode ter começado com uma derrota do PS, mas este ciclo político vai seguramente prosseguir com uma vitória do PS no próximo dia 10 de Março", acrescentou.
Na despedida dos trabalhos parlamentares, António Costa abriu o debate de preparação para o Conselho Europeu reiterando o posicionamento do país em relação aos "dois pontos essenciais" do próximo encontro: o alargamento da União Europeia e a revisão intercalar do quadro financeiro plurianual. O primeiro-ministro reitera apoio à integração da Ucrânia, mas lembra os países dos balcãs ocidentais e antecipa um Conselho Europeu "longo e difícil".
Começando pela temática do alargamento da União, o primeiro-ministro defendeu que a posição de Portugal "é bastante clara", isto é, "que todos os processos de alargamento devem ser avaliados com base no mérito e de acordo com a avaliação feita pela Comissão Europeia". Portugal acompanha a CE sobre "um novo passo em direção à abertura de negociações com a a Ucrânia", mas não "ignora que não é possível desligar o processo de alargamento da UE à Ucrânia sem ter em conta, as candidaturas dos países dos Balcãs Ocidentais".
"Foi nesse quadro que recentemente visitei a Albânia, a Macedónia do Norte e o Montenegro, e relativamente a todos entendemos que é necessário e possível dar passos em frente, tendo em vista o processo de alargamento. [...] Olhamos para todos com igual objetividade e, portanto, podemos ser parceiros honestos e francos na identificação de dificuldades, mas também no apoio político e técnico e financeiro para procurar superar essas dificuldades" acrescentou o primeiro-ministro.
António Costa diz que o processo de alargamento da União que está em curso tem de ser "acompanhado passo a passo, em paralelo, pela reforma interna da UE" e que "não é possível voltar nas hesitações que tivemos no início do século, entre aprofundamento e alargamento, onde o alargamento foi à frente do aprofundamento e com muitas das dificuldades com que hoje nos confrontamos resultam objetivamente desse erro então cometido".
"É falsa a ideia de que os 27 Estados-membros se sentem confortáveis com o atual nível de integração. Há muitos, como Portugal, que entendem que devemos ir mais além. Há outros, com diferentes origens geográficas, que pelo contrário se sentem desconfortáveis de já termos ido tão longe", argumentou o líder do Governo.
Sobre a revisão do quadro financeiro plurianual, António Costa afirma que o debate até começou com "grande ambição", mas que essa "ambição tem-se vindo a esfumar". "Há um ponto que é fundamental garantir, a intocabilidade daquilo que são os envelopes nacionais para a política de coesão e para a política agrícola, serão intocáveis".
"Antecipo um Conselho Europeu longo e difícil, que provavelmente não se esgotará na sexta-feira, mas do qual espero que possam resultar aquilo que é essencial", concluiu.
Em resposta aos deputados sociais-democratas Paulo Moniz e Catarina Rocha Ferreira, o primeiro-ministro argumentou que os anos de governação socialista provam uma "derrota em toda a linha da direita e a sua visão sobre a Europa", visto que "demonstrou que era possível aumentar salários sem vir o diabo, aumentar pensões sem haver ruturas nas finanças públicas". "Aquilo que os senhores provaram é que a vossa receita foi um fracasso e que a alternativa da esquerda foi claramente vitoriosa na gestão da relação com a Europa, acrecentou.
Costa antecipa Conselho Europeu "longo e difícil"
Na despedida dos trabalhos parlamentares, António Costa abriu o debate de preparação para o Conselho Europeu reiterando o posicionamento do país em relação aos "dois pontos essenciais" do próximo encontro: o alargamento da União Europeia e a revisão intercalar do quadro financeiro plurianual. O primeiro-ministro reitera apoio à integração da Ucrânia, mas lembra os países dos balcãs ocidentais e antecipa um Conselho Europeu "longo e difícil".
Começando pela temática do alargamento da União, o primeiro-ministro defendeu que a posição de Portugal "é bastante clara", isto é, "que todos os processos de alargamento devem ser avaliados com base no mérito e de acordo com a avaliação feita pela Comissão Europeia". Portugal acompanha a CE sobre "um novo passo em direção à abertura de negociações com a a Ucrânia", mas não "ignora que não é possível desligar o processo de alargamento da UE à Ucrânia sem ter em conta, as candidaturas dos países dos Balcãs Ocidentais".
"Foi nesse quadro que recentemente visitei a Albânia, a Macedónia do Norte e o Montenegro, e relativamente a todos entendemos que é necessário e possível dar passos em frente, tendo em vista o processo de alargamento. [...] Olhamos para todos com igual objetividade e, portanto, podemos ser parceiros honestos e francos na identificação de dificuldades, mas também no apoio político e técnico e financeiro para procurar superar essas dificuldades" acrescentou o primeiro-ministro.
António Costa diz que o processo de alargamento da União que está em curso tem de ser "acompanhado passo a passo, em paralelo, pela reforma interna da UE" e que "não é possível voltar nas hesitações que tivemos no início do século, entre aprofundamento e alargamento, onde o alargamento foi à frente do aprofundamento e com muitas das dificuldades com que hoje nos confrontamos resultam objetivamente desse erro então cometido".
"É falsa a ideia de que os 27 Estados-membros se sentem confortáveis com o atual nível de integração. Há muitos, como Portugal, que entendem que devemos ir mais além. Há outros, com diferentes origens geográficas, que pelo contrário se sentem desconfortáveis de já termos ido tão longe", argumentou o líder do Governo.
Sobre a revisão do quadro financeiro plurianual, António Costa afirma que o debate até começou com "grande ambição", mas que essa "ambição tem-se vindo a esfumar". "Há um ponto que é fundamental garantir, a intocabilidade daquilo que são os envelopes nacionais para a política de coesão e para a política agrícola, serão intocáveis".
"Antecipo um Conselho Europeu longo e difícil, que provavelmente não se esgotará na sexta-feira, mas do qual espero que possam resultar aquilo que é essencial", concluiu.