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Costa compromete-se com mais cinco mil empregos na ciência

Até ao final de legislatura deverão abrir mais cinco mil vagas para empregos científicos. "Combater a precariedade é uma prioridade", garante o primeiro-ministro.

António Pedro Santos/Lusa
09 de Abril de 2019 às 12:02
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António Costa garante que, até ao final do mandato, o governo irá "cumprir o compromisso de abrir concursos para cinco mil empregos científicos", seja em instituições de ensino superior, unidades de I&D, seja nas empresas. A garantia foi dada na Convenção Nacional do Ensino Superior 2020-2030, que teve lugar esta terça-feira, 9 de abril, na Reitoria da Universidade do Porto.

 

"Estamos a mudar o paradigma da empregabilidade dos doutorados", acredita o governante, referindo-se à troca das "infames bolsas, que se eternizavam com condições precárias" por contrato de trabalho "que assegurem condições dignas e sustentáveis".

 

No discurso de abertura da convenção, o primeiro-ministro apontou a "falta de conhecimento" como "o mais grave défice ancestral da nossa sociedade" e afirmou que Portugal "não pode nem quer competir pelo baixo custo". "Combater a precariedade é uma prioridade", sublinha.

 

"Temos que apostar numa economia do conhecimento, da ciência e da inovação que nos permita ganhar em valor, produtividade e competitividade", afirmou, dando o exemplo do tecido empresarial nacional durante muitos anos: "convém não esquecer de onde vimos e do baixo nível de qualificação dos nossos empresários no passado, que não permitiu saber o que é a base do conhecimento: saber que nada sabem e, assim, procurar o conhecimento onde ele existe".

 

"Somos ambiciosos", afirma o primeiro-ministro, lembrando que "a meta para 2030 é para que a despesa de I&D seja 3% do PIB". "Houve já um crescimento muito significativo de doutorados a realizar atividades de I&D em empresas - mais 30% desde 2015 - e também aumentou o número de empresas que beneficiam de apoios fiscais para contratar mais investigadores - cerca de 37% desde 2015", afirmou.

 

Na convenção que pretende definir a agenda do ensino superior para os próximos anos, António Costa apontou a inversão da queda do número de alunos inscritos como "um dos resultados mais positivos alcançados nesta legislatura".

 

Para o governante, "nenhum estudante devia deixar de poder frequentar o Ensino Superior por insuficiência económica", disse referindo o investimento em alojamento (no Porto serão reabilitados 37 imóveis, criadas 613 novas camas e melhoradas 947) e o aumento de bolsas sociais em 25%.

 

O primeiro-ministro acredita que "apenas com mais ciência, mais conhecimento e mais inovação podemos continuar a aumentar os níveis de emprego qualificado que temos".

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