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Corbyn deseja "declarações de impostos muito felizes" nos 25 anos da Amazon

O líder trabalhista deu os parabéns à Amazon pelos seus 25 anos com uma carta onde pede a Jeff Bezos para pagar a sua "quota-parte" de impostos.

Reuters
05 de Julho de 2019 às 12:34
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Jeremy Corbyn divulgou esta sexta-feira, 5 de julho, uma carta que enviou à Amazon por ocasião dos 25 anos da empresa que fatura o equivalente ao PIB português. Contudo, o conteúdo do texto não dá motivos para celebrar: o líder trabalhista quer que a gigante norte-americana pague a sua "quota-parte de impostos".

Dirigindo-se a Jeff Bezos, o fundador e presidente executivo da Amazon, Corbyn começa por dar os "parabéns" à empresa. Logo de seguida, o líder da oposição diz que Bezos "deve aos britânicos milhões em impostos que financiam os serviços públicos".

"Este ano, paga a tua quota-parte de impostos, dá um aumento salarial aos teus trabalhadores esforçados e respeita os seus direitos", apelou a Jezz Bezos, a pessoa mais rica do mundo neste momento. A empresa norte-americana tem 17 armazéns e 27,5 mil trabalhadores no Reino Unido. 

A carta termina com um desejo de "declarações de impostos muito felizes". A mensagem foi partilhada na conta oficial de Jeremy Corbyn no Twitter acompanhada de uma fotografia onde se vê o líder trabalhista a escrever a carta à Amazon.

De acordo com o The Guardian, o braço britânico da Amazon pagou 1,7 milhões de libras de impostos em 2017 com um lucro antes de impostos na ordem dos 72 milhões de libras. O volume de negócios aumentou 35% de 1,46 mil milhões de libras para os 1,98 mil milhões de libras. A Amazon tem garantido que cumpre a lei tributária britânica. 

Segundo o fact check do Channel 4, uma das formas que leva a Amazon a pagar menos impostos é a distribuição de ações aos trabalhadores como pagamento. Esse montante salarial pago através de ações aos trabalhadores pode depois ser descontado no imposto sobre os lucros (IRC). 

O Governo britânico prepara-se para, a partir de abril do próximo ano, introduzir uma taxa sobre os gigantes tecnológicos para aumentar o volume de impostos que estes negócios, pela sua natureza digital, pagam atualmente.

Os planos do Executivo é taxar em 2% a receita com origem em motores de busca, plataformas de redes sociais e marketplaces digitais, mas apenas para as empresas cujo volume de negócios supere os 500 milhões de libras por ano a nível mundial.
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