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Como a manifestação de polícias na AR ultrapassou as barreiras

Cerca de 15 mil pessoas, segundo a organização, participaram no protesto da PSP e GNR esta quinta-feira, 21 de novembro.

21 de Novembro de 2019 às 19:18
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Cerca de 15 mil pessoas, segundo a organização, empunharam hoje faixas à frente da AR, em luta por progressões na carreira, melhores salários e condições de trabalho. A seu lado, caminharam civis e familiares. No fim da rua de São Bento, pelas 15:40, o aparato de segurança supreendeu: dezenas de elementos da UEP esperavam os manifestantes atrás dos blocos de cimento e das grades de metro e meio. 

"O único serviço público com quadros cheios é o da AR", lamentava um elemento da organização do protesto, da PSP. "Tenho 22 anos de serviço. Desde 2010 que estou à espera de progredir na carreira. Isto estão é a proteger a polícia dos gatunos lá dentro".


Do Parlamento, as 16:58 sótinham saído dois deputados: Telmo Correia, do CDS, e André Ventura, do Chega. Se Correia foi insultado após ter falado com os dirigentes do APG e ASPP, por um manifestante que lhe tentou tocar, André Ventura teve direito a subir a um bloco de cimento. Depois de lutar com um megafone estragado, foi até à carrinha da organização e discursou. "Mostrámos que a polícia unida jamais será vencida", afirmou. 

Antes, bateram-se palmas aos elementos da UEP por detrás das grades. "Estão hoje de serviço", lamentou-se. O tamanho das barreiras levantou críticas: "Parecia que a polícia pensava que lhes iam bater".

Conforme o sol caía trocaram-se cumprimentos entre os dois lados e viram-se os primeiros sorrisos entre os UEP. "Força. Bom serviço", desejou um manifestante com a t-shirt do Movimento Zero a um colega que guardava a AR. "És o mais lindo daí", atirou um manifestante a um colega. 

Pelas 17:15 foi anunciado o fim da manifestação, mas Paulo Rodrigues, da ASPP/PSP, acredita que algumas pessoas permaneçam frente à AR. "Há pessoal que tem ideias de ficar por aqui, mas são pequenos grupos, até porque temos os autocarros com saída as 18 horas, mas há colegas que vão continuar para mostrar o descontentamento de forma simbólica."

"Foi um protesto muito participado, mostrou a união entre PSP e GNR, e que o Governo tem que mudar a atuação que tem tido na resolução dos problemas", concluiu o presidente da ASPP/PSP. 

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