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Portas garante estabilidade e respeita "inteiramente" avaliação que Cavaco faz da actual situação política

A delegação centrista, liderada por Paulo Portas, encontrou-se com o Presidente da República e afirmou que, juntamente com o PSD, pode “contribuir positivamente para o interesse nacional”. O ministro não se alongou nos comentários mas assegura que respeita “inteiramente” a avaliação que Cavaco Silva faz da actual situação política.

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09 de Julho de 2013 às 11:01
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Paulo Portas garantiu a Cavaco Silva que o Governo de coligação entre o CDS-PP e o PSD tem “condições de estabilidade” por ter sido encontrada uma “solução governativa sólida e abrangente”.

 

Os adjectivos têm sido repetidos pelos políticos dos dois partidos e voltaram a ser hoje proferidos na declaração que Portas fez aos jornalistas depois de se encontrar, no Palácio de Belém, com o Presidente da República. Cavaco Silva está a reunir-se com os partidos com assento parlamentar na sequência da crise causada pelo pedido de demissão, entretanto retirado, de Portas.

 

O centrista quis falar apenas no entendimento partidário que, diz, mostra “a vontade dos dois partidos em assegurar essa estabilidade e, portanto, contribuir positivamente para o interesse nacional”.

 

Paulo Portas comentou também a necessidade de se evoluir para uma nova fase da legislatura, que aposte na valorização da economia e na criação de emprego. Se Cavaco Silva aceitar a proposta do CDS-PP e PSD, o ainda ministro dos Negócios Estrangeiros irá ficar responsável pelas relações com a troika e com uma ligação mais próxima à economia, já que o centrista Pires de Lima tem sido apontado como o novo ministro da Economia.

 

Sem comentários sobre “decisão irrevogável”

 

O ainda ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros não quis fazer muitos mais comentários, nem deu a entender qual a posição do Presidente da República em relação à proposta que o partido levou a Belém.

 

"Respeitamos inteiramente a avaliação que o Presidente da República decidiu fazer da actual situação politica", disse, na primeira vez que falou desde que apresentou o pedido de demissão "irrevogável" a Passos Coelho, precisamente na terça-feira da semana passada.


Os jornalistas questionaram o líder do segundo partido da coligação sobre este pedido e sua posterior anulação mas o político não respondeu.

 

O CDS-PP foi o primeiro partido a ser ouvido por Cavaco Silva esta terça-feira. Seguem-se o PDS e PS. À tarde, serão recebidas na Presidência as entidades patronais e, na quarta-feira, será a vez das confederações sindicais. Na segunda-feira, os partidos da esquerda parlamentar (PCP, Verdes e Bloco de Esquerda) foram a Belém pedir a Cavaco a dissolução da Assembleia da República e a marcação de novas eleições.

 

 

(Notícia actualizada às 11h10 com mais informação)

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