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CDS rotula lista do PS às Europeias de "ode a José Sócrates"

Um dia depois da remodelação em que Pedro Marques deixou de ser ministro das Infraestruturas para candidato socialista às europeias, Nuno Melo criticou os atrasos no investimento na ferrovia e colocou um rótulo na candidatura europeia do PS.

Lusa
18 de Fevereiro de 2019 às 13:27
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O cabeça de lista do CDS-PP às europeias aproveitou hoje uma viagem de comboio na linha do Oeste para atacar Pedro Marques, "ministro do desinvestimento" e candidato do PS numa lista que é "uma ode a José Sócrates".

 

Um dia depois da remodelação em que Pedro Marques deixou de ser ministro das Infraestruturas para candidato socialista às europeias, Nuno Melo criticou os atrasos no investimento na ferrovia e colocou um rótulo na candidatura europeia do PS.

 

A lista socialista, afirmou à Lusa minutos depois de desembarcar na fria e vazia estação de Mira Sintra-Meleças, "é uma ode a José Sócrates", que "tem como cabeça de lista o paradigma do que não deveria ser um candidato europeu".

 

Nuno Melo, que também é vice-presidente do CDS, disse que Pedro Marques foi um dos governantes de Sócrates que levou o país "até à bancarrota" e que, na sua passagem no Governo como ministro, "desperdiçou milhões e milhões de euros disponíveis para investimento em Portugal".

 

Um dos "exemplos perfeitos" é o programa ferrovia 2020, com nove por cento de execução, pelos seus cálculos.

 

Depois de embarcar, ainda de madrugada, nas Caldas da Rainha, com vários candidatos europeus, entre eles Pedro Mota Soares, "número dois" da lista do CDS, Nuno Melo desembarcou na estação de Meleças.

 

O exemplo da falta de investimento é ilustrado pela linha do Oeste onde, afirmou, já deveria estar em curso uma "obra de eletrificação desde último trimestre de 2017, mas nem sequer foi lançado concurso".

 

Atrasos idênticos, afirmou, acontecem nas linhas do Douro ou Algarve.

 

Voltando à lista socialista, Nuno Melo acusou o PS de premiar "quem falha" e "consegue repescar, branquear e aproveitar aqueles que, até 2011, representam o pior Governo da democracia portuguesa".

 

E fez o contraponto com a do CDS, que volta a liderar, afirmando que "repete boas experiências".

 

As eleições europeias em Portugal realizam-se em 26 de maio.

 

CDS acusa Costa de fazer "uma certa bloquização"

 

O CDS-PP considera que a remodelação governamental, anunciada no domingo, "reforça uma ala muito à esquerda" do PS e "traduz uma certa bloquização" dos socialistas, afirmou hoje o vice-presidente centrista Nuno Melo.

 

A remodelação tem "uma nota ideológica", "reforça uma ala muito à esquerda, o que traduz uma certa bloquização do PS", afirmou à Lusa Nuno Melo, que é também cabeça de lista do CDS-PP às europeias, à margem de uma ação de pré-campanha para as eleições de 26 de maio, depois de viajar desde Torres Vedras, de comboio.

 

Melo deu o exemplo de Pedro Nuno Santos, que subiu a ministro, para ilustrar o que considera "o reforço de uma perspetiva ideológica muito à esquerda no PS".

 

São governantes que, "basicamente, no discurso, não se diferenciam muito da Catarina Martins [líder do Bloco de Esquerda] ou mesmo do Jerónimo de Sousa [líder do PCP]", afirmou.

 

O candidato europeu e vice-presidente do CDS considerou preocupante esta "deriva à esquerda do PS" e lamentou que neste executivo de António Costa não existam hoje do "velho PS" dirigentes como Almeida Santos ou Mário Soares, um dos fundadores do partido em Portugal.

 

Lembrando a história recente do pais, o período pós-25 de Abril de 1974, Nuno Melo acusou o PS ir "beber muito" ao 11 de Março de 1975, o derrotado golpe de direita que ditou uma viragem à esquerda no pais, por oposição ao 25 de Novembro, o movimento militar, que opôs a esquerda militar e os chamados "moderados", que ditou o fim da revolução.   

 

Outro traço da remodelação, segundo afirmou, é que foi muito feita em circuito fechado, dentro de uma certa nomenclatura que reporta ao primeiro-ministro", António Costa.

 

Nesta remodelação, entram para XXI Governo Constitucional quatro novos secretários de Estado: Duarte Cordeiro, para Adjunto do Primeiro-Ministro e Assuntos Parlamentares; Maria do Céu Albuquerque para o Desenvolvimento Regional; Jorge Moreno Delgado para as Infraestruturas; Alberto Miranda para Adjunto e das Comunicações.

 

Estas mudanças acontecem na sequência da escolha do até agora ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, para número um do PS às eleições europeias, lista que também deverá incluir a titular cessante da pasta da Presidência, Maria Manuel Leitão Marques.

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