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Cavaco quer conclusão das negociações entre partidos “num prazo muito curto” (act)

Presidente da República diz que recebeu dos partidos a “disponibilidade para iniciarem, o mais brevemente possível, conversações com vista a um compromisso de salvação nacional”.

Miguel Baltazar
12 de Julho de 2013 às 13:07
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Cavaco Silva anunciou esta sexta-feira que pretende a conclusão “num prazo muito curto” das negociações entre os partidos, com vista à obtenção de um “compromisso de salvação nacional”.

 

Esta consideração consta numa nota publicada no site da Presidência da República, depois de ontem Cavaco Silva ter recebido os líderes dos três partidos que assinaram o memorando de entendimento com a troika.

 

Cavaco Silva explicita que nas reuniões em separado que manteve com Passos Coelho, António José Seguro e Paulo Portas, teve a possibilidade de “explicitar melhor os termos do compromisso de salvação nacional que, na sua comunicação ao País, considerou ser a melhor solução para os problemas nacionais, numa perspectiva imediata e de médio prazo”.

 

O Presidente da República recusou a proposta dos partidos da maioria para uma remodelação do Governo, mas nunca o referiu explicitamente na sua comunicação ao País. Optou antes por lançar um apelo aos partidos que assinaram o memorando de entendimento – PSD, CDS e PS – para ser obtido um compromisso de salvação nacional.

 

Para tal prometeu contactar imediatamente os líderes dos partidos, o que fez na quinta-feira, tendo transmitido “aos líderes partidários elementos adicionais que devem ser tidos em conta na definição em concreto dos termos do compromisso”, refere a nota da Presidência.

 

De Passos Coelho, Paulo Portas e António José Seguro, o Presidente da República recebeu a “disponibilidade” dos três líderes partidários “iniciarem, o mais brevemente possível, conversações com vista a um compromisso de salvação nacional que permita a conclusão, com sucesso, do Programa de Assistência Financeira e o regresso aos mercados, e que garanta a existência de condições de governabilidade, de sustentabilidade da dívida pública, de crescimento da economia e de criação de emprego”.

 

São estas conversações que o Presidente da República pretende que tenham uma conclusão

O Presidente da República considera que as negociações entre os partidos devem ser concluídas num prazo muito curto.
 
Presidência da República

“num prazo muito curto”, para que não persista o impasse político.

 

O repto de Cavaco Silva marcou o debate do Estado da Nação que decorre esta sexta-feira no Parlamento. Passos Coelho mostrou abertura total para este compromisso e António José Seguro reiterou a disponibilidade para negociar, embora recusando integrar um Governo sem a realização de eleições. 

 

O Presidente da República admitiu que um entendimento entre os três partidos seria uma missão difícil e sugeriu que se recorresse a uma “personalidade de reconhecido prestígio” para facilitar o diálogo.

 

Cavaco Silva disse ainda existirem outros instrumentos à disposição para se resolver esta crise política.

 

Comunicado da Presidência da República

1 – O Presidente da República recebeu ontem, em audiência, os líderes do Partido Social Democrata, Dr. Pedro Passos Coelho, do Partido Socialista, Dr. António José Seguro, e do CDS-Partido Popular, Dr. Paulo Portas, com vista a explicitar melhor os termos do compromisso de salvação nacional que, na sua comunicação ao País, considerou ser a melhor solução para os problemas nacionais, numa perspetiva imediata e de médio prazo.

 

O Presidente da República transmitiu aos líderes partidários elementos adicionais que devem ser tidos em conta na definição em concreto dos termos do compromisso.

 

2 – Os líderes dos referidos partidos manifestaram a disponibilidade para iniciarem, o mais brevemente possível, conversações com vista a um compromisso de salvação nacional que permita a conclusão, com sucesso, do Programa de Assistência Financeira e o regresso aos mercados, e que garanta a existência de condições de governabilidade, de sustentabilidade da dívida pública, de crescimento da economia e de criação de emprego.

 

3 – O Presidente da República considera que as negociações entre os partidos devem ser concluídas num prazo muito curto.


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