"O compromisso dos autarcas do Bloco e dos candidatos e candidatas do Bloco é, em cada autarquia, lutar por processos de regularização de trabalhadores precários do mesmo modo que estamos a fazer a nível nacional", anunciou Catarina Martins no encerramento da no encerramento da Conferência Nacional Autárquica, que hoje decorreu em Lisboa.

A líder bloquista quer, assim, acabar com a precariedade na administração local e no sector empresarial local e "respeito pelos direitos de quem trabalha", o que sabe que "é uma luta árdua", mas assegura que o Bloco se vai dedicar a ela. "Estamos a nível nacional num processo de negociação árduo e difícil de levantamento dos vínculos precários na Função Pública para que o Estado não seja o pior dos patrões no nosso país porque é, efectivamente, aquele que emprega mais precários", recordou.

Catarina Martins enfatizou que algumas "das condições básicas" deste processo a nível nacional "foram já asseguradas pelo Governo, fruto da negociação, fruto da força do BE no parlamento" como é o caso das comissões bipartidas. "Um processo claro, justo, transparente de vinculação de quem trabalha há tantos anos para o Estado com todo o tipo de abuso", pediu, modelo que quer ver replicado nas autarquias onde "há tanta gente a trabalhar com contratos precários" sob "todo o tipo de abuso".

A líder do BE não esquece "como ainda recentemente na Câmara do Porto, Rui Moreira, CDS, PSD e PS se opuseram" à recomendação, apresentada pelos bloquistas na Assembleia Municipal para combater a precariedade na autarquia do Porto. "Não há ninguém que não saiba no país que para combater a precariedade nas autarquias é com o BE que podem contar", atirou.

Catarina Martins elencou ainda a habitação como uma prioridade dos candidatos bloquistas nas próximas autárquicas, propondo programas de realojamentos novos e defendendo que é preciso "aumentar a oferta pública de habitação acessível aos mais jovens".

Os candidatos autárquicos do BE vão ainda bater-se pelo direito à mobilidade e querem, por isso, uma "autarquia centrada não na rotunda, mas nas pessoas" porque entendem que "fazer dos transportes colectivos a solução de mobilidade em todo o país responde à necessidade concreta das pessoas", para além de combater o aquecimento global.