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Caso Sócrates e atrito com Belém aproximam PSD do PS nas sondagens
A diferença entre os dois maiores partidos encurta em abril para 12 pontos, com a direita unida a superar os socialistas. Bloco distancia-se do Chega e CDS já vale metade do Livre, quase desaparecendo do mapa eleitoral.
No mês em que foi lida a decisão instrutória da operação Marquês – confirmando que o ex-líder socialista se deixou corromper no cargo de primeiro-ministro – e em que António Costa abriu uma contenda constitucional com Marcelo por causa da aprovação de novos apoios sociais no Parlamento, o PS perdeu 1,5 pontos nas sondagens, caindo para 38,2%.
Por outro lado, o estudo da Aximage, noticiado pela TSF esta segunda-feira, 3 de maio, mostra que o PSD recuperou 2,5 pontos e recolhe agora 26,1%. Apesar de a diferença entre os dois maiores partidos ser ainda de 12 pontos, a soma das intenções de voto nos quatro partidos da direita – que acrescentam quatro pontos à pontuação conjunta obtida nas últimas legislativas – volta a ser superior à dos socialistas.
A subida do Bloco de Esquerda (9,2%) e a descida do Chega (7,2%) levam o partido liderado por Catarina Martins a destacar-se na posição de terceira força política. Com oscilações mais pequenas seguem-se CDU (5,7%) e Iniciativa Liberal (4,9%), com este último partido a conseguir este mês ficar mesmo em terceiro lugar no círculo eleitoral do Porto.
Os resultados desta sondagem, cujo trabalho de campo terminou a 25 de abril, evidenciam ainda a tendência de quebra por parte do PAN (2,7%), depois de confirmado o abandono do líder André Silva, e que o Livre (0,8%) consegue recolher o dobro das intenções de voto do CDS-PP (0,4%), com o partido chefiado por Francisco Rodrigues dos Santos a praticamente desaparecer do mapa eleitoral português.