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Bloco também tem culpa no SNS, diz AD. PSD copia "programa extremista" da IL e Chega, acusa BE
Luís Montenegro atribuiu corresponsabilidades ao Bloco de Esquerda pelo "pior desempenho da democracia" na gestão do SNS e quer "dar folga à classe média" através da descida do IRS. Mariana Mortágua disse que PSD copia "programa extremista" da IL e do Chega e insistiu que ideia de um 15.º mês sem impostos é um "engodo".
Num debate eleitoral marcado por ataques de parte a parte, protagonizado por dois candidatos com pouco em comum, Luís Montenegro atribuiu corresponsabilidades ao Bloco de Esquerda pelo "pior desempenho da democracia" na gestão do SNS e insistiu na necessidade de baixar os impostos sobre famílias e empresas que, diz, "comprimem a capacidade de um país criar riqueza". A coordenadora do Bloco de Esquerda sublinha que os sociais-democratas defendem ideias que são "uma cópia do programa extremista da Iniciativa Liberal, ou até do Chega" e volta a defender que a proposta de um 15.º salário isento de impostos não passa de um "engodo".
A saúde foi um dos principais temas deste debate. O líder da Aliança Democrática insistiu na necessidade de dar respostas à crise na saúde através do recurso aos setores social e privado e acusou Mariana Mortágua de ser "corresponsável pelo pior desempenho da democracia portuguesa relativamente à gestão do SNS". A esta acusação Mortágua respondeu lembrando os argumentos bloquistas que levaram ao fim do acordo entre BE e PS em relação ao subinvestimento no SNS.
Montenegro recordou os "hospitais que eram geridos em parcerias públicas ou privadas e que, com a sua vontade ideológica, acabaram por transformar em hospitais que têm muito menos capacidade de resposta, com mais problemas, mais esperas e piores resultados financeiros".
A coordenadora do Bloco afirmou que o PSD "defende o agravamento dos problemas" na saúde e que "Portugal já tem um enorme peso do setor privado na saúde e é por isso que pagamos uma das saúdes mais caras da Europa". Além disso, acrescentou, "quando vamos ver o que defende o PSD, aliás é uma cópia do programa extremista da Iniciativa Liberal, ou até do Chega, é um programa que quer uma saúde mais cara e pior para as pessoas".
Montenegro quer "dar folga a classe média". Mortágua diz que 15.º mês é "engodo"
Em política fiscal, outro dos grandes temas em cima da mesa, Montenegro acusou Mortágua de acreditar numa sociedade que é capaz de criar mais e distribuir melhor a riqueza, havendo "altíssimos impostos sobre as pessoas, sobre as famílias e as empresas". Pelo contrário, defendeu o líder da AD, "os impostos elevados comprimem a capacidade de um país criar riqueza" e através disso "pagar melhores salários".
"Por isso nós defendemos que devemos começar por dar folga à nossa classe média que está asfixiada, fustigada de impostos por todo o lado. Defendemos uma baixa do IRS e dentro desta baixa queremos de uma forma particular privilegiar os jovens que estão a fugir de Portugal e que fugiram nos últimos anos em que a Mariana Mortágua teve a responsabilidade", argumentou.
Luís Montenegro, após a questão ser levantada pela moderadora do debate, também defendeu a existência de um prémio salarial isento de impostos que se baseie na produtividade. "Defendemos também premiar a produtividade - aqueles que têm mais esforço, que têm mais resultado, poderem receber uma parte livre de impostos e de contribuições, face precisamente àquilo que é o seu mérito e o seu desempenho".
Por sua vez, a coordenadora bloquista defendeu que esta medida é um exemplo de um "engodo", que promete a "quem está a lutar por melhores salários" um aumento salarial facultativo. "Quando vamos ver, o aumento salarial não existe, ele é facultativo, as empresas fazem ou não fazem, como aliás tem sido até agora. Essa não é a solução para a economia de baixos salários que Portugal tem - e esse é o grande drama que vivemos", defendeu.
Para o Bloco de Esquerda, esta proposta do PSD serve para "dar dinheiro público para grandes empresas fazerem aquilo que deveriam fazer". E relembrou: "o salário que as pessoas recebem deve pagar com justiça o imposto e contribuições para a segurança social, porque é isso que nos diferencia do século XIX, onde não havia proteção do emprego, proteção da doença ou proteção da velhice".
A saúde foi um dos principais temas deste debate. O líder da Aliança Democrática insistiu na necessidade de dar respostas à crise na saúde através do recurso aos setores social e privado e acusou Mariana Mortágua de ser "corresponsável pelo pior desempenho da democracia portuguesa relativamente à gestão do SNS". A esta acusação Mortágua respondeu lembrando os argumentos bloquistas que levaram ao fim do acordo entre BE e PS em relação ao subinvestimento no SNS.
A coordenadora do Bloco afirmou que o PSD "defende o agravamento dos problemas" na saúde e que "Portugal já tem um enorme peso do setor privado na saúde e é por isso que pagamos uma das saúdes mais caras da Europa". Além disso, acrescentou, "quando vamos ver o que defende o PSD, aliás é uma cópia do programa extremista da Iniciativa Liberal, ou até do Chega, é um programa que quer uma saúde mais cara e pior para as pessoas".
Montenegro quer "dar folga a classe média". Mortágua diz que 15.º mês é "engodo"
Em política fiscal, outro dos grandes temas em cima da mesa, Montenegro acusou Mortágua de acreditar numa sociedade que é capaz de criar mais e distribuir melhor a riqueza, havendo "altíssimos impostos sobre as pessoas, sobre as famílias e as empresas". Pelo contrário, defendeu o líder da AD, "os impostos elevados comprimem a capacidade de um país criar riqueza" e através disso "pagar melhores salários"."Por isso nós defendemos que devemos começar por dar folga à nossa classe média que está asfixiada, fustigada de impostos por todo o lado. Defendemos uma baixa do IRS e dentro desta baixa queremos de uma forma particular privilegiar os jovens que estão a fugir de Portugal e que fugiram nos últimos anos em que a Mariana Mortágua teve a responsabilidade", argumentou.
Luís Montenegro, após a questão ser levantada pela moderadora do debate, também defendeu a existência de um prémio salarial isento de impostos que se baseie na produtividade. "Defendemos também premiar a produtividade - aqueles que têm mais esforço, que têm mais resultado, poderem receber uma parte livre de impostos e de contribuições, face precisamente àquilo que é o seu mérito e o seu desempenho".
Por sua vez, a coordenadora bloquista defendeu que esta medida é um exemplo de um "engodo", que promete a "quem está a lutar por melhores salários" um aumento salarial facultativo. "Quando vamos ver, o aumento salarial não existe, ele é facultativo, as empresas fazem ou não fazem, como aliás tem sido até agora. Essa não é a solução para a economia de baixos salários que Portugal tem - e esse é o grande drama que vivemos", defendeu.
Para o Bloco de Esquerda, esta proposta do PSD serve para "dar dinheiro público para grandes empresas fazerem aquilo que deveriam fazer". E relembrou: "o salário que as pessoas recebem deve pagar com justiça o imposto e contribuições para a segurança social, porque é isso que nos diferencia do século XIX, onde não havia proteção do emprego, proteção da doença ou proteção da velhice".