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Bloco critica Governo por não defender subida de salários acima da inflação

MIGUEL A. LOPES
17 de Janeiro de 2023 às 11:35
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A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, criticou nesta terça-feira o Governo por não defender subidas salariais em linha com a inflação, em reação a conclusões da Comissão Europeia (CE), que defende que os aumentos podiam ir mais longe sem que isso prejudique a subida de preços.  

"Não se pode subir os salários, diziam. Porque a inflação seria transitória. Porque criaria uma espiral inflacionista. Mas a inflação cresceu, com salários parados", afirmou Catarina Martins, na rede social Twitter. "Que dizer do Governo, quando é Bruxelas a dizer-lhe que é preciso aumentar salários?", interrogou.


A coordenadora do BE comentava assim a manchete do Negócios desta terça-feira, 17 de janeiro, que conta que a Comissão Europeia diz que há mais margem para subir salários. Primeiro porque prevê que os salários cresçam menos este ano do que em 2022 e abaixo da média da Zona Euro. Mas mais do que isso: os aumentos que não só não compensam a perda de poder de compra, como podem mesmo ficar abaixo de subidas programadas, e contidas, destinadas a limitar impactos na inflação (caso do referencial de 5,1% acordado em Portugal).

Depois, Bruxelas diz que não há sinais de que a subida de salários esteja a pressionar a inflação. Ao contrário do que se temia, não há ainda efeitos de "segunda ordem" no aumento de preços.

Assim, e por antecipar que só em 2024 as famílias comecem a recuperar poder de compra, Bruxelas defende que "a calibração dos salários deve apoiar o poder de compra dos trabalhadores, ao mesmo tempo que ajuda a aliviar a pressão sobre os preços". Para isso, chama os parceiros sociais à discussão. 
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