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Bloco: "Austeridade ainda tem raízes no Ministério das Finanças"

Pedro Filipe Soares recorre aos resultados económicos para defender o aumento do investimento público. Os bloquistas não querem também que o parceiro socialista seja "a muleta na recuperação do PSD" liderado por Rui Rio.

Bruno Simão/Negócios
António Larguesa alarguesa@negocios.pt 26 de Fevereiro de 2018 às 09:17

O líder parlamentar do Bloco de Esquerda desafia o Governo a "romper de uma vez por todas" com o pensamento da austeridade, "que ainda tem algumas raízes no Ministério das Finanças", recorrendo aos resultados económicos do passado recente para defender um aumento do investimento público.

 

"Por que vamos sempre olhar para o copo meio vazio e não para o copo meio cheio? Se foi essa recuperação de rendimentos e de direitos que ajudou a melhorar a economia e as contas públicas, então devemos considerar que esse investimento foi certeiro. Então propomos aumentar esse investimento", referiu Pedro Filipe Soares.

 

Em entrevista à TSF, emitida esta segunda-feira, 26 de Fevereiro, o dirigente bloquista apontou que "muitas das vezes" o Governo tem travado o investimento, num contexto em que "a realidade tirou a tapete" ao que designou como o pensamento da austeridade. "Quando rompemos com a austeridade e começámos a recuperar rendimentos, a economia melhorou – e muito. Para lá até do que era previsível pelo Governo", completou.

 

No dia em que começa as jornadas parlamentares em Leiria com visitas a um hospital e a uma escola onde "fica claro que a falta de investimento chega de forma negativa à vida das pessoas", o partido liderado por Catarina Martins deixou também um aviso ao parceiro socialista para não ajudar o PSD a "recuperar a credibilidade perdida por dois anos de amuo com o país".

 

"A questão que se coloca agora é quem irá ser a muleta na recuperação do PSD. Na opinião do Bloco de Esquerda, não acreditamos que tenham qualquer coisa de positivo a acrescentar. Claramente este PSD ainda é do passado", sustentou Pedro Filipe Soares nesta entrevista em que recusa haver um novo ciclo político com a entrada em cena de Rui Rio.

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