Notícia
BES: Rio lamenta demora da justiça e já tem pouca esperança em conseguir reformá-la
O presidente do PSD reiterou hoje as críticas à morosidade da justiça no caso BES, mas considerou que haver acusação "é melhor que nada", confessando que a sua esperança de conseguir reformar este setor é "cada vez mais pequena".
16 de Julho de 2020 às 15:45
No final de uma reunião com o Conselho Nacional de Juventude (CNJ), na sede nacional do PSD, a propósito da acusação do caso BES, Rui Rio foi questionado se ainda mantém a esperança de que seja possível fazer a reforma da justiça que tem defendido na atual legislatura e admitiu o seu desencanto com o sistema partidário para esta e outras alterações estruturais.
"Infelizmente vejo como muito, muito difícil no quadro partidário que temos em Portugal conseguir qualquer reforma, eu esforço-me, aliás é a principal razão pela qual estou neste cargo", salientou.
"A minha esperança existe porque é a última a morrer, mas é cada vez mais pequena porque não vejo vitalidade no sistema partidário, pelo contrário está cada vez mais fechado. Qualquer coisa que se queira mudar é sempre um 31, porque os interesses instalados, seja na política seja fora dela, são uma coisa tremenda", lamentou.
O presidente do PSD foi questionado sobre as críticas que já tinha lançado na quarta-feira no Twitter aos seis anos que demorou a ser conhecida a acusação no processo que envolve o Banco e o Grupo Espírito Santo e também sobre o alegado financiamento à campanha do ex-Presidente da República Cavaco Silva.
Sobre a campanha presidencial do antigo líder do PSD, Rui Rio disse não acreditar que tenha havido financiamento por parte de qualquer empresa, uma vez que esse é proibido há muitos anos por lei.
"Fui das primeiras pessoas em Portugal, talvez a primeira, a tentar proibir isso", salientou.
Quanto à acusação conhecida na terça-feira, o líder do PSD saudou que o processo judicial tenha tido uma acusação, mas lamentou os seis anos que demorou a ser conhecida, sugerindo que talvez tivesse sido mais fácil ir deduzindo várias acusações à medida que os factos iam sendo apurados, e anteviu ainda "muitos anos" antes da conclusão.
"Fazer uma investigação a sério, seguramente, ainda bem que há acusação e que espero que esteja bem feita e sustentada ao fim deste tempo todo, era absolutamente inadmissível que semelhante situação como a do BES que tanto prejudicou Portugal - já disse e repito que é o maior crime de colarinho branco que houve em Portugal - passar impune", disse.
"Agora se demorar anos também não é a melhor forma, mas é melhor que nada, pelo menos quem está no sistema percebe que alguma coisa pode acontecer", acrescentou.
"Infelizmente vejo como muito, muito difícil no quadro partidário que temos em Portugal conseguir qualquer reforma, eu esforço-me, aliás é a principal razão pela qual estou neste cargo", salientou.
O presidente do PSD foi questionado sobre as críticas que já tinha lançado na quarta-feira no Twitter aos seis anos que demorou a ser conhecida a acusação no processo que envolve o Banco e o Grupo Espírito Santo e também sobre o alegado financiamento à campanha do ex-Presidente da República Cavaco Silva.
Sobre a campanha presidencial do antigo líder do PSD, Rui Rio disse não acreditar que tenha havido financiamento por parte de qualquer empresa, uma vez que esse é proibido há muitos anos por lei.
"Fui das primeiras pessoas em Portugal, talvez a primeira, a tentar proibir isso", salientou.
Quanto à acusação conhecida na terça-feira, o líder do PSD saudou que o processo judicial tenha tido uma acusação, mas lamentou os seis anos que demorou a ser conhecida, sugerindo que talvez tivesse sido mais fácil ir deduzindo várias acusações à medida que os factos iam sendo apurados, e anteviu ainda "muitos anos" antes da conclusão.
"Fazer uma investigação a sério, seguramente, ainda bem que há acusação e que espero que esteja bem feita e sustentada ao fim deste tempo todo, era absolutamente inadmissível que semelhante situação como a do BES que tanto prejudicou Portugal - já disse e repito que é o maior crime de colarinho branco que houve em Portugal - passar impune", disse.
"Agora se demorar anos também não é a melhor forma, mas é melhor que nada, pelo menos quem está no sistema percebe que alguma coisa pode acontecer", acrescentou.