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BE diz que Governo devia "pedir desculpas ao país" por ações policiais como a do Martim Moniz

"Entramos em 2024 e saímos de 2024 com uma crise, tanto na habitação como na saúde, cada vez mais agravada. O Bloco de Esquerda tem apresentado propostas diversas e sabemos que faria um caminho diferente do que tem sido feito", disse Aliyah Bhikha.

25 de Dezembro de 2024 às 22:18
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O Bloco de Esquerda (BE) afirmou hoje que o Governo devia "pedir desculpas ao país" e reconhecer que a operação policial no dia 19 no Martim Moniz, em Lisboa, foi "uma ação politicamente motivada".

"O governo reconhece que Portugal é um país seguro, no entanto, tratar as pessoas com dignidade e humanismo não é encostá-las à parede como vimos nas operações dos últimos dias", afirmou Aliyah Bhikha, da comissão política do BE, em reação à mensagem de Natal de hoje do primeiro-ministro, Luís Montenegro.

Na primeira mensagem de Natal enquanto chefe de governo, Luís Montenegro incluiu nas prioridades para o futuro a promoção de uma "imigração regulada" e o combate à criminalidade - sem ligar os dois temas -, a par do reforço dos serviços de saúde, educação, transportes e da execução do "maior investimento em habitação pública desde os anos 1990".

"Entramos em 2024 e saímos de 2024 com uma crise, tanto na habitação como na saúde, cada vez mais agravada. O Bloco de Esquerda tem apresentado propostas diversas e sabemos que faria um caminho diferente do que tem sido feito", disse Aliyah Bhikha, numa curta declaração aos jornalistas.

Na mensagem de Natal, Luís Montenegro passou em revista várias decisões do Executivo, desde que tomou posse em abril, e fez referência às políticas de imigração e de segurança: "Vamos promover uma imigração regulada para acolher com dignidade e humanismo aqueles que escolherem viver e trabalhar no nosso país". Para o Bloco de Esquerda, tratar as pessoas "com dignidade e humanismo seria reconhecer" que a operação do passado dia 19 na rua do Benformoso, no Martim Moniz, "foi uma ação politicamente motivada e pedir desculpa ao país".

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