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Avião desviado para Bielorrússia aterrou na Lituânia sem jornalista a bordo

O desvio do avião, que culminou com a detenção do jornalista e ativista Roman Protasevich, em Minsk, foi uma operação dos serviços de segurança bielorrussos.

O jornalista Roman Protasevich a ser detido em Minsk, Bielorrússia, em 2017, quando cobria uma manifestação. EPA
23 de Maio de 2021 às 21:15
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O avião que foi desviado para Minsk, na Bielorrússia, a meio de um voo entre Atenas (Grécia) e Vílnius (Lituânia) já aterrou na capital lituana, mas sem o jornalista bielorrusso Roman Protasevich (na foto), segundo fontes citadas pela agência EFE.

De acordo com a informação, o desvio do avião, que culminou com a detenção do jornalista e ativista Roman Protasevich, em Minsk, foi uma operação dos serviços de segurança bielorrussos. O Presidente bielorusso, Alexander Lukachenko, é acusado de ter ordenado o desvio deste voo da Ryanair para deter Protasevich, entretanto exilado em Atenas.

Segundo testemunhas, Protasevich expressou receio de ser executado na Bielorrússia.

Vários países europeus já criticaram o incidente, exigiram uma explicação à Bielorrússia e o tema vai estar na agenda da reunião do Conselho Europeu, na segunda-feira, em Bruxelas.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, "vai colocar [segunda-feira] a questão da aterragem forçada do voo da Ryanair em Minsk" e "as consequências e possíveis sanções serão discutidas nesta ocasião", anunciou esta tarde o porta-voz do Conselho Europeu Baren Leyts, numa publicação na rede social Twitter.

A União Europeia (UE) já se preparava para reforçar as sanções existentes contra o regime da Bielorrússia.

Também o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, considerou que o desvio do avião é "um incidente sério e perigoso que requer investigação internacional".

O avião da Ryanair fazia um voo entre a Grécia e a Lituânia, dois países membros da NATO.

Roman Protasevich, cujo canal Nexta na rede social Telegram se tornou a principal fonte de informação nas primeiras semanas de protestos antigovernamentais após as eleições presidenciais de agosto de 2020, viajava de Atenas para Vílnius e acabou detido pelas autoridades bielorrussas, quando os cerca de 120 passageiros do avião da Ryanair foram forçados a submeter-se a novo controlo em Minsk devido a um suposto aviso de bomba.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, considerou "totalmente inaceitável" a aterragem forçada em Minsk do avião da Ryanair, que seguia de Atenas para Vílnius e sublinhou que "qualquer violação das regras de transporte aéreo internacional deve ter consequências".
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