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Aurora Dourada perde apoio após assassinato de “rapper”

Após largos meses a subir, a popularidade do partido grego de extrema-direita caiu. Esta inversão está relacionada com o esfaqueamento fatal de um rapper conhecido por se bater contra a xenofobia.

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Negócios 24 de Setembro de 2013 às 14:05
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A popularidade do “Aurora Dourada”, o partido grego de extrema-direita, caiu 2,5 pontos percentuais, após o esfaqueamento fatal de um rapper anti-racista por um seu apoiante. A sondagem publicada pelo jornal “Eleftheros Typos”, realizada entre 19 e 21 de Setembro, sugere as intenções de voto neste partido caíram de 8,3% para 5,8%.

 

A mesma sondagem aponta ainda para 77,8% dos inquiridos acreditam que o “Aurora Dourada” esteve envolvido no assassinato. Também uma maioria - 57,6% - diz acreditar que a presença desta formação no Parlament e na vida política é uma ameaça à democracia.

 

No rescaldo do assassinato do rapper antifascista Pavlos Fyssas, esfaqueado por um individuo que terá admitido a sua ligação ao partido de extrema direita, o ministro da Ordem Pública e da Protecção dos Cidadãos, Nikos Dendias, declarou que o Governo irá avançar com legislação de emergência para ilegalizar a Aurora Dourada.

 

Depois do assassinato ter sido condenado por partidos dos vários quadrantes políticos gregos, a Aurora Dourada negou ter qualquer ligação ao sucedido. Anteriormente os actos de violência associados à Aurora Dourada tinham sobretudo como alvo os imigrantes.

 

A Aurora Dourada surgiu nos anos 80 como um pequeno grupo nazi. Em 12 anos passou de um apoio de 0,23% a 7% entre os eleitores. Num contexto de crise, a Aurora Dourada conseguiu aumentar a sua popularidade, com um discurso contra a austeridade, desemprego e a imigração, tendo actualmente uma representação de 18 deputados no Parlamento grego.

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