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As cinco missões que o Presidente quer cumprir
Assegurar a democracia, desconfinar com sensatez, reconstruir a vida das pessoas, corrigir desigualdades e por um Portugal aberto ao mundo. São estas as cinco missões que Marcelo Rebelo de Sousa quer cumprir.
Assegurar a democracia
A primeira missão do novo mandato é assegurar a democracia e nela “combater as mais graves pandemias”. Marcelo salienta que Portugal encarou duas eleições em pandemia e, numa delas, deu posse à oposição. Ainda assim é importante que esta seja uma democracia de “ética republicana” com tolerância e respeito por todos, rejeitando o “mito do português puro”, com convergência no regime e alternativa de governação, e “estabilidade sem pântano”.
A curto prazo e a poucos dias da divulgação do plano de desconfinamento, para os quais pede sensatez e cautela, o objetivo é “desconfinar com sensatez e sucesso”, num tempo de “inevitáveis cansaço e ansiedade”. Marcelo quer encurtar a pandemia, estancar o número de mortos, ampliar a vacinação, testagem e rastreio para “reconstruir de forma duradoura a vida das pessoas”. Para tal, há que estabilizar o SNS e recuperar os atrasos nas consultas.
Reconstruir a vida das pessoas
A terceira missão passa por “reconstruir a vida das pessoas, que é tudo ou quase tudo”, desde as “empresas a saúde e os rendimentos” à “ saúde mental, vivências e sonhos”. No fundo, trazer o país atrás no tempo “a 2019 ou a fevereiro de 2020”, que passa por “garantir a sobrevivência do tecido social e económico”, assegurando “a sua rápida reconstrução” através do uso eficaz, transparente, claro e eficaz dos fundos comunitários que ai vêm: a bazuca europeia.
Corrigir desigualdades
“Só haverá verdadeira reconstrução se a pobreza se reduzir (…) as desigualdades se esbaterem”, e se superar as diferenças regionais. Para isso, defende a “descentralização, toda aquela que os portugueses quiserem”. Fala-nos da “existência de portugais cada vez mais distantes entre si”, que a pandemia fez ressaltar, para “hoje reconstruir um só Portugal” com mais crescimento mas com “políticas que corrijam o que a liberdade, a concorrência e o mercado não permitem”.
Por um Portugal aberto ao mundo
“A quinta missão do presidente é aprofundar a nossa vocação para plataforma entre culturas, civilizações, oceanos e continentes simbolizada pela eleição de António Guterres e pela presidência portuguesa da comissão europeia”. Marcelo destacou a importância da solidariedade entre nações e da aposta em “novas fronteiras, que os oceanos são desde sempre para nós”. É uma mensagem é uma de abertura e “contra o medo do diferente, do diverso e do complementar”.