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Apoiante de Rio propõe "ruptura" na distrital do PSD no Porto
O professor catedrático Rui Nunes avança para a maior estrutura laranja a nível nacional, desafiando a liderança de Bragança Fernandes, ex-autarca da Maia, que apoiou Santana Lopes nas eleições para a presidência do partido.
Rui Nunes, um conhecido apoiante político de longa data de Rui Rio, apresentou esta quinta-feira, 8 de Março, a sua candidatura à liderança da Comissão Política Distrital do PSD no Porto, a maior do país, que deverá ter eleições no próximo mês de Julho.
O professor catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e presidente da Associação Portuguesa de Bioética quer suceder a António Bragança Fernandes, que nas recentes eleições directas para a presidência do partido declarou apoio ao derrotado Santana Lopes. O ex-autarca da Maia ainda não esclareceu se volta a ir a votos na distrital, que dirige há dois anos.
Numa conferência de imprensa realizada num hotel da cidade Invicta, Rui Nunes declarou, citado pela Lusa, que "se as pessoas querem uma ruptura, ela só pode acontecer com a [sua] candidatura". "Este projecto quer criar um PSD distrital forte, unido e coeso, preparado para servir os interesses da população e do distrito antes de se servir a si próprio", detalhou.
Considerado o "pai" do Testamento Vital, Rui Nunes foi o primeiro presidente da Entidade Reguladora da Saúde e é militante laranja há cerca de três décadas. Em 2013 fundou o "Fórum Democracia & Sociedade - Uma Agenda para Portugal", apontado desde o início como uma plataforma para alavancar o futuro político de Rio após sair da Câmara do Porto, e em meados de 2015, antes das legislativas, reclamou "primárias" no partido para a sucessão de Pedro Passos Coelho.
Crítico da "falta de empenho" que conduziu o PSD a uma fraca prestação nas eleições autárquicas de Outubro de 2017 – não lidera nenhum município no litoral do distrito e teve o pior resultado de sempre na cidade do Porto (10,4%) – sustentou esta manhã que "em muitos concelhos o problema não foi o candidato", mas "uma má governação distrital, uma falta de estratégia e planeamento".