A candidatura de António Costa à câmara de Lisboa, com o nome “Juntos Fazemos Lisboa”, vai ser oficialmente apresentada no Pavilhão de Portugal, no Parque das Nações, na próxima quinta-feira, dia 18, o mesmo dia em que vai ser debatida a moção de censura. A candidatura de António Costa tem o apoio do PS e dos movimentos cívicos: Cidadãos por Lisboa, encabeçado por Helena Roseta, e Lisboa é Muita Gente, liderado por José Sá Fernandes.

António Costa cumpre actualmente o primeiro mandato, em termos formais. O autarca assumiu os destinos do município nas eleições intercalares de 2007, tendo cumprido aí meio mandato, embora formalmente este seja o primeiro. Porém, António Costa declarou, na semana passada, que o mandato a que se vai candidatar nas eleições autárquicas de 29 de Setembro será o último que pode cumprir, o que significa que entende que o período 2007-2009 conta como um mandato.

O acordo de coligação alcançado entre António Costa e os movimentos cívicos prevê que Helena Roseta lidere a lista à Assembleia Municipal, um órgão onde, actualmente, o PS não tem maioria (é o PSD que tem o maior número de deputados, pelo que pode bloquear propostas se se articular com outros partidos). Já o acordo com o movimento Lisboa é Muita Gente não definiu qualquer lugar para Sá Fernandes, que é actualmente vereador. Porém, é garantido que haverá elementos em lugares elegíveis nas listas de Costa.

Apresentação agendada para depois da moção

Quinta-feira é discutida e votada a moção de censura do Partido Ecologista Os Verdes ao Governo, a partir das 15:00. A apresentação da candidatura de António Costa, marcada para as 18:00, leva esse facto em conta. Recorde-se que o número dois da candidatura do PS à câmara, o deputado Fernando Medina, terá de votar a moção de censura durante a tarde antes de ir para a apresentação.

Além da apresentação de António Costa e Helena Roseta, será apresentado o mandatário da campanha e ainda os candidatos às 24 novas juntas da cidade.

O local escolhido para a apresentação da candidatura é o Pavilhão de Portugal, no Parque das Nações, famoso pela pala suspensa sobre uma praça. Segundo apurou o Negócios, o objectivo é homenagear a nova freguesia lisboeta, Parque das Nações, que irá ser criada, formalmente, após as eleições autárquicas.

Recentemente, o arquitecto que projectou o edifício, Siza Vieira, sugeriu ao Negócios que o melhor a fazer seria demolir este edifício, pelo facto de não estar a ter nenhuma utilização específica. “A solução mais lógica, depois de tantos anos passados, é demoli-lo”, afirmou o arquitecto.

(Notícia actualizada às 18:48 com mais informação)