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António Costa acusa Governo de ter cometido sete pecados capitais

O PS vai passar a próxima semana a ouvir a voz dos portugueses sobre o impacto da governação do actual Governo. António Costa diz que o Executivo de Passos Coelho cometeu sete pecados capitais. Saiba quais são.

Miguel Baltazar/Negócios
01 de Julho de 2015 às 18:32
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A uma semana do debate do Estado da Nação, o secretário-geral do PS chamou os jornalistas ao Largo do Rato para anunciar que ele próprio e os deputados do partido vão percorrer o país para levar ao debate de 8 de Julho as queixas dos cidadãos. Mas António Costa já tem uma ideia de quais serão essas queixas, porque acusa "a governação da direita" de ter cometido "sete pecados capitais", pelos quais vai ter de responder.

 

O périplo pelo país começa amanhã, quinta-feira, 2 de Julho, e estende-se até ao dia do debate do Estado da Nação, que habitualmente conta com todos os ministros. António Costa vai começar já amanhã no distrito de Setúbal, e os deputados socialistas vão garantir que todos os distritos serão ouvidos.

 

António Costa faz, naturalmente, um balanço negativo dos últimos quatro anos. "O Governo PSD/CDS falhou os seus objectivos, falhou os objectivos a que se propôs e as suas soluções estão esgotadas", porque "em vez do prometido novo modelo de crescimento económico, a economia retrocedeu 15 anos" e "a dívida aumentou para 130% da riqueza do país". E "em vez de arrepiar caminho, reconhecer erros e emendar a mão, a direita só é capaz de prometer mais do mesmo, com corte de pensões de 600 milhões de euros", lamenta.

 

Foi nesses quatro anos que foram cometidos os sete pecados capitais. Primeiro: "a mentira eleitoral ao ter prometido não subir os impostos que subiu e não cortar pensões e salários como cortou". Segundo pecado: "o desemprego, precariedade e emigração que afastaram do mercado de trabalho 700 mil desempregados, mais de 200 mil desencorajados e que colocaram 90% dos novos contratos celebrados em contrato a prazo", além de terem feito "o país regressar aos anos 60 em termos de emigração".

 

Costa prosseguiu: o terceiro pecado capital foi o da "asfixia da classe média", o quatro foi o "da pobreza e das desigualdades que atingem 25% da população portuguesa", em especial a pobreza infantil, que "atinge 470 mil crianças".

 

O quinto pecado capital foi o do "abandono da prioridade ao conhecimento", especialmente devido ao "desinvestimento" nas áreas da ciência, educação e cultura, enquanto o sexto pecado foi o "do ataque aos serviços públicos, em particular na área da saúde e justiça, e a incompetência na sua gestão, de que foram bem exemplo o caos no início do último ano lectivo" ou na questão dos tribunais.

 

A finalizar, o sétimo pecado capital do Governo foi "a quebra de mais de 25% no investimento, quer público, quer privado".

 

Costa critica privatizações frenéticas

António Costa deixou ainda críticas à forma como o Governo está a aproveitar os últimos meses da legislatura. "Depois destes sete pecados capitais, a direita pretende agora esconder a realidade do Estado da Nação. Une-se numa frente comum usando e abusando dos recursos do Estado, num último e desesperado esforço de conservar o poder, em que o frenético relógio de privatizações mostra a consciência que tem de que o seu tempo se esgotou".

 

De acordo com Costa, "em quatro anos deste Governo, Portugal e os portugueses ficaram para trás", mas agora "chegou o tempo da alternativa de confiança, diferente", que tem entre as suas marcas "o só nos comprometermos com o que podemos fazer".

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