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Ana Catarina Mendes: "Há de haver um dia em que teremos uma mulher à frente dos destinos do PS"

Mas “este ainda não é o tempo”, ressalvou a líder parlamentar do partido. Já o presidente do PS, Carlos César, disse que Rui Rio só podia estar a falar "por experiência própria" quando disse que sem o atual secretário-geral, António Costa, o PS "parte-se todo".

Ana Catarina Mendes, líder parlamentar do PS. Sérgio Azenha
28 de Agosto de 2021 às 11:47
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A líder parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes, considerou hoje evidente que há de haver um dia em que será uma mulher a liderar o partido mas advertiu que ainda não é o tempo.

"O tempo há de fazer-se e é evidente que hoje, com tantas mulheres na vida política em todos os partidos, há de haver um dia em que teremos uma mulher à frente dos destinos (do PS). Este não é esse tempo", declarou.

 

A dirigente socialista falava aos jornalistas à chegada ao Portimão Arena, para o 23.º Congresso do PS, após questionada sobre a possibilidade de uma mulher liderar o partido, o que nunca aconteceu desde a fundação do PS, em 1973.

 

Ana Catarina Mendes esclareceu que vai discursar perante os delegados "sobre o país" e "sobre o papel do parlamento" e também sobre o PS "como fator de estabilidade", plural, com várias correntes e "sobretudo fiel aos valores da esquerda democrática".

 

O 23.º Congresso Nacional do PS decorre até domingo, devendo confirmar uma linha de continuidade estratégica do partido, liderado por António Costa.

Carlos César: Rio fala por "experiência própria" quando diz que PS "parte-se" sem Costa

 

O presidente do PS, Carlos César, disse que o presidente social-democrata, Rui Rio, só podia estar a falar "por experiência própria" quando disse que sem o atual secretário-geral, António Costa, o PS "parte-se todo".

 

"Presumo que o líder da oposição diz isso por experiência própria, mas o PS tem evidenciado que é bem diferente", disse Carlos César aos jornalistas à chegada ao 23.º Congresso do Partido Socialista.

 

O presidente do PS reagiu às declarações de Rio em entrevista ao semanário Expresso, no final de julho, na qual disse que o PS "parte-se todo se ele [Costa]" sair".

 

Carlos César rejeitou ainda que o partido estivesse a dar um sinal sobre a sucessão de António Costa ao colocar, na mesa do congresso, ao lado do atual secretário-geral, quatro dos potenciais candidatos: Pedro Nuno Santos (ministro das Infraestruturas e da Habitação), Fernando Medina (presidente da Câmara de Lisboa (Ana Catarina Mendes (líder parlamentar) e Mariana Vieira da Silva (ministra de Estado e da Presidência) ao lado do atual secretário-geral.

 

"Não há nenhum sinal sobre essa matéria, mas admito que seja legítimo que quando estamos confrontados com uma fotografia façamos comentários sobre ela", sustentou.

 

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