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Alexandra Leitão: Costa "acorrenta-se" ao dossiê TAP. E deve remodelar

Ex-ministra socialista acredita que "o primeiro-ministro e o Governo incorrem em dois grandes riscos" e acredita que Executivo fica "politicamente enfraquecido".

João Cortesão
05 de Maio de 2023 às 17:01
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Não é a primeira vez que a ex-ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública alerta para as "lições" que devem ser tiradas dos vários momentos de "crise" que têm pautado o atual Governo de António Costa. Já a 6 de janeiro Alexandra Leitão tinha pedido "mais humildade na gestão política e a definição de um modelo de crescimento económico mais eficiente".

Agora, quatro meses depois, a antiga governante frisa num artigo de opinião no Expresso que após o confronto com o Presidente da República, António Costa "'acorrenta-se' a si próprio e ao Governo ao que vier a acontecer" no dossiê TAP. Mais: "após este "braço de ferro", e sem a necessária remodelação, o Governo continua politicamente enfraquecido, quer setorialmente, quer pela falta de coesão que tem demonstrado".

"Ao adotar esta posição a propósito de um caso rocambolesco que o próprio PM apelida de 'deplorável', que envolve inclusivamente o SIS, que está relacionado com o dossier TAP e que ainda será objeto de escrutínio na comissão parlamentar de inquérito, o PM 'acorrenta-se' a si próprio e ao Governo ao que vier a acontecer nesse âmbito", escreve a jurista e antiga governante socialista.

No entender de Alexandra Leitão, "ou o primeiro-ministro está 'em tudo em todo o lado ao mesmo tempo' para, com a sua capacidade e experiência, resolver os diversos problemas que vão surgindo ou as coisas continuarão a correr mal nessa matéria".

"Por isso, defendo a necessidade de uma remodelação, que, aliás, acho que surgirá mais tarde ou mais cedo", sugere a ex-ministra. E acrescenta: "Precisamos de um Governo forte e integralmente dedicado à resolução dos problemas das pessoas, que – estou certa - esta solução governativa e esta maioria podem proporcionar se forem introduzidas as necessárias mudanças."

"É inequívoco que António Costa mostrou liderança e que ganhou esta ronda do jogo a Marcelo Rebelo de Sousa, mas o país não é uma mesa de póquer", remata.
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