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Alberto João Jardim: "Não passa deste mandato"

Alberto João Cardoso Gonçalves Jardim, na altura em que cumpre 36 anos de exercício de funções como presidente do Governo Regional da Madeira, assegura que pretende manter o plano de abandonar as funções e a liderança do PSD/M.

Governo Regional da Madeira
16 de Março de 2014 às 15:31
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"Mas, agora, não passa deste mandato e não concorro mais à Direção do partido", asseverou Jardim numa entrevista à agência Lusa.

 

O líder madeirense sublinha que o seu objectivo é sair da governação em Janeiro de 2015, após a aclamação, em congresso, do novo presidente do PSD/Madeira, eleito nas eleições internas de Dezembro deste ano.

 

No plano delineado por Jardim, o novo presidente do partido assumiria o seu lugar entre Janeiro e Outubro para se dar a conhecer ao povo.

 

"Espero que sim, a não ser que se crie uma situação do Presidente da República querer fazer eleições antecipadas por não aceitar, antes do fim do meu mandato, que é em Outubro de 2015, outro presidente do Governo e, então, se o partido assim entender, não tenho outro remédio senão fazer até ao final o mandato", reconhece.

 

Em "vésperas" de sair da vida governativa e após ter delineado o seu plano de retirada que tem merecido alguma resistência no interior do partido, existem quatro candidaturas assumidas à liderança do PSD-Madeira.

 

Até agora são candidatos à sucessão, nomeadamente, do ex-presidente da Câmara Municipal do Funchal, Miguel Albuquerque, que já o defrontou nas últimas directas; do ex-eurodeputado Sérgio Marques, do ex-vice-presidente do Governo Regional e seu par na Comissão Política Regional, Miguel de Sousa, e do secretário do Ambiente e Recursos Naturais, Manuel António Correia, que é a sua aposta para o suceder.

 

"Há pessoas que me perguntam se eu estou ou não magoado com isso [as críticas de que tem sido alvo por parte dos seus próprios companheiros de partido], eu respondo que não, pelo contrário, porque, com as atitudes ordinárias que eu vi por aí, eu sinto-me feliz por não ser igual a eles", afirma.

 

E recordando o seu dia 17 de Março há 36 anos, diz: "Lembro-me, fui cortar o cabelo e, a seguir, fui tomar posse".

 

Com 33 anos de idade, Alberto João Jardim encabeçou a lista do Partido Popular Democrático (PPD) pelo círculo eleitoral do Funchal às eleições legislativas regionais de 27 de Junho de 1976, as primeiras realizadas desde a descoberta do arquipélago da Madeira.

 

Apesar do PPD ter ganho as eleições, por razões estratégicas e políticas, o partido indicou o engenheiro Jaime Ornelas Camacho - que havia sido membro integrante da Junta Governativa da Madeira após o 25 de Abril de 1974 - para presidir ao Governo saído daquelas eleições, o primeiro emanado da vontade do povo madeirense e porto-santense seis séculos após a sua colonização.

 

Mas 18 meses depois (17 de Março de 1978), Ornelas Camacho é exonerado, a seu pedido, e Jardim, com 35 anos, foi nomeado presidente do Governo da Região Autónoma da Madeira.

 

"Eu fui o cabeça de lista já das eleições de 1976, tinha toda a legitimidade para essa substituição, o que o partido, na altura, entendeu foi que, como a Região não tinha ainda praticamente competências nenhumas, que era necessário eu ficar um certo período no Parlamento Regional a fazer a legislação que se impunha fazer logo a seguir a autonomia", argumenta Jardim.

 

Ao longo de quase quatro décadas o líder madeirense somou 46 vitórias eleitorais consecutivas dando sempre o "peito" pelos seus candidatos, facto que lhe mereceu inúmeras críticas por parte da oposição.

 

"O mais difícil foi aturar o feitio complicado de algumas pessoas, muito influenciado pelo meio, que tem dois defeitos enormes - a bilhardice e a inveja", afirma.

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