Notícia
Agenda de Inovação para Agricultura contempla alterações climáticas e demografia
A agenda de inovação para a agricultura na próxima década, a apresentar na sexta-feira, terá em conta as alterações climáticas e o "desafio demográfico", afirmou a ministra Maria do Céu Antunes.
10 de Setembro de 2020 às 00:48
"Ao construirmos uma estratégia de médio prazo, tivemos em consideração aquilo que são as condições de base que influenciam fortemente a vida dos cidadãos", disse a Ministra da Agricultura ao intervir na sessão de apresentação do relatório Planeta Vivo 2020 e do Novo Acordo para a Natureza e as Pessoas, da WWF, em colaboração com a ANP - Associação Natureza Portugal. A conferência decorreu 'online', na quarta-feira, sob embargo até hoje.
A agricultura, referiu, é "particularmente sensível" às alterações climáticas sentidas no dia a dia por todos os cidadãos.
Por outro lado, o cenário demográfico aponta para uma diminuição da população em Portugal, mas de aumento a nível mundial e de concentração nas cidades: "Isso leva a que, inevitavelmente, continuemos a assistir a uma mudança dos padrões de consumo". Os recursos são "cada vez mais escassos", sublinhou a ministra, referindo-se à água, aos problemas associados ao solo e à biodiversidade.
Maria do Céu Antunes recordou as declarações do secretário-geral da ONU, António Guterres, que esta semana advertiu que as alterações climáticas são um perigo maior do que a atual pandemia de covid-19.
"Se os portugueses se uniram no processo de contenção da covid-19, também vamos ter de estar juntos para podermos mitigar os efeitos do aquecimento global e precisamos todos sentir que precisamos de respostas alternativas e que cada um tem de fazer a sua parte, em concreto", disse a ministra.
Para Maria do Céu Antunes, é necessária uma transição justa e rápida. "Isto é um desafio que é para ontem, não é para daqui a 10 anos".
A ministra indicou que serão retirados contributos do relatório da WWW (World Wid Fund for Nature) e do Novo Acordo para a Natureza, no âmbito da estratégia que o governo prepara.
"O que queremos verdadeiramente é que isto seja um plano em que os cidadãos, os produtores, os agentes do território e o Estado, encontrem forma de atingir os objetivos a que nos propomos", que passam por "garantir qualidade de vida às pessoas", indicou.
A apresentação da agenda vai acontecer na Lezíria do Tejo. O objetivo é ter um documento que ajude a fazer uma gestão mais eficiente dos recursos naturais, com "maior respeito pela natureza e pela preservação da biodiversidade", combatendo a degradação dos solos e o desperdício em todo o processo produtivo.
Pretende-se um modelo agrícola sustentável, que assegure uma alimentação de qualidade e em quantidade, "muito assente em produtos frescos, da época, locais", em cadeias curtas, por forma a reduzir a pegada ecológica, avançou a governante.
O Governo tenciona também alcançar uma melhor gestão da energia: "Queremos reforçar muito a energia verde e o consumo sustentável neste setor, mas também sabemos que para isso precisamos de fazer mais investimento em investigação".
A agenda foi pensada a uma década e será ajustada em função de novas realidades e oportunidades. "Queremos começar a ter dados que nos permitam afinar a todo o tempo a nossa estratégia", declarou.
De acordo com a ministra, no que respeita a gases com efeito de estufa, a agricultura e a pecuária são responsáveis por cerca de 10% das emissões atualmente, valor que há 10 anos era de 14%.
A agricultura, referiu, é "particularmente sensível" às alterações climáticas sentidas no dia a dia por todos os cidadãos.
Maria do Céu Antunes recordou as declarações do secretário-geral da ONU, António Guterres, que esta semana advertiu que as alterações climáticas são um perigo maior do que a atual pandemia de covid-19.
"Se os portugueses se uniram no processo de contenção da covid-19, também vamos ter de estar juntos para podermos mitigar os efeitos do aquecimento global e precisamos todos sentir que precisamos de respostas alternativas e que cada um tem de fazer a sua parte, em concreto", disse a ministra.
Para Maria do Céu Antunes, é necessária uma transição justa e rápida. "Isto é um desafio que é para ontem, não é para daqui a 10 anos".
A ministra indicou que serão retirados contributos do relatório da WWW (World Wid Fund for Nature) e do Novo Acordo para a Natureza, no âmbito da estratégia que o governo prepara.
"O que queremos verdadeiramente é que isto seja um plano em que os cidadãos, os produtores, os agentes do território e o Estado, encontrem forma de atingir os objetivos a que nos propomos", que passam por "garantir qualidade de vida às pessoas", indicou.
A apresentação da agenda vai acontecer na Lezíria do Tejo. O objetivo é ter um documento que ajude a fazer uma gestão mais eficiente dos recursos naturais, com "maior respeito pela natureza e pela preservação da biodiversidade", combatendo a degradação dos solos e o desperdício em todo o processo produtivo.
Pretende-se um modelo agrícola sustentável, que assegure uma alimentação de qualidade e em quantidade, "muito assente em produtos frescos, da época, locais", em cadeias curtas, por forma a reduzir a pegada ecológica, avançou a governante.
O Governo tenciona também alcançar uma melhor gestão da energia: "Queremos reforçar muito a energia verde e o consumo sustentável neste setor, mas também sabemos que para isso precisamos de fazer mais investimento em investigação".
A agenda foi pensada a uma década e será ajustada em função de novas realidades e oportunidades. "Queremos começar a ter dados que nos permitam afinar a todo o tempo a nossa estratégia", declarou.
De acordo com a ministra, no que respeita a gases com efeito de estufa, a agricultura e a pecuária são responsáveis por cerca de 10% das emissões atualmente, valor que há 10 anos era de 14%.